CAPÍTULO X - "Seja rapida e escape."

128 19 4
                                    

Uma mão tapou minha respiração, fedia a álcool e sangue

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Uma mão tapou minha respiração, fedia a álcool e sangue. Meu grito foi sufocado enquanto meus pés escorregavam pelo chão em direção a um beco escuro, pânico e medo me atingiu.

Mas um som grotesco inundou meus ouvidos e o macho que me segurava caiu para trás com força, com os olhos arregalados me movi para o que acontecia atrás de mim pronta para correr.

Dominc olhava para o feérico de pele verde e dentes pontiagudos no chão. Ele... derrubou o macho com um único movimento.

Aquilo fez arrepios se instalaram por todo meu corpo, sua respiração estava pesada, como se estivesse com raiva.

Seu pé cutucou o corpo, mas não teve nenhuma reação.

— Ele passou a noite inteira a observando, não deixou a oportunidade de pega-lá desprevenida passar. —

Minha respiração estava tensa e minha barriga embrulhava com o que poderia ter acontecido comigo.

Ele me segurou a força e tentou me arrastar para um beco escuro para acabar se forçando sobre mim.

Não notei Dominc se mexer até ele estar levantando meu braço enquanto me sacudia como se para me acordar.

— Tem ideia doque ele poderia ter feito com você? Porque você não consegue ficar longe do perigo? —

Balancei a cabeça com minha garganta embolada, odeio isso, detesto.

— Eu não sei. Me- Me desculpe! —

Seus olhos enfeitiçados entraram em completa confusão, provavelmente porque eu tinha pedido desculpas, mas fui criada e educada para me desculpar a cada passo, já fazia parte de mim, mesmo que parecesse que outra pessoa agia quando estava com ele.

Dominc esperava uma resposta mordaz ou alguma carranca, mas eu continuei olhando para o corpo no chão.

— Ele...

— Ninguém irá machucá-la enquanto eu estiver por perto. —

As palavras foram sombrias com juras de morte e caos, grande parte do seu rosto estava encoberto por sombras, a luz do luar me dava uma visão do seu maxilar definido e da sua boca cheia.

Já haviam machucado, estou machucada desde que pisei meus pés neste mundo, agora marcada como gado da coroa. Sua lealdade a família real se estenderia a mim de algum jeito, somente por isso havia algum instinto de defesa, ele continuava sendo tão podre quanto o restante.

— Eu não preciso da sua pena ou dos seus serviços. —

Não dou um passo direito até que ele agarre meu cotovelo fechando os dedos envolta como se pudesse me quebrar simples assim.

— Não, sei o que precisa, pode negar a si mesma, mas no fim eu sei o que você precisa. —

Aquelas palavras atingiram meu estômago como socos, eletricidade correndo pelas minhas pernas fazendo com que o ar ficasse estático. Do que eu precisava? O que ele achava que eu precisava?

A COROA DE SOMBRAS Onde histórias criam vida. Descubra agora