CAPÍTULO XIV - "Uma simples biblioteca"

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Enfio minha adaga fundo o suficiente nos tendões da sua garganta enquanto ele engasga no próprio sangue, não quero lhe dar uma morte rápida, tenho uma fama por ser cruel

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Enfio minha adaga fundo o suficiente nos tendões da sua garganta enquanto ele engasga no próprio sangue, não quero lhe dar uma morte rápida, tenho uma fama por ser cruel.

Não posso dizer que odeio isto, não, uma parte sombria minha gosta de ver suas almas saindo de seus olhos enquanto eles arquejam por uma respiração de alívio que não virá.

Puxando minha adaga, seu corpo cai com um som molhado do sangue se acumulando no chão. A parte chata é essa, descartar o corpo, ter todo o trabalho sujo, quando Etheron não quer que sabiam preciso descartar os pedaços dos corpos em lugares diferentes as vezes.

Esse não é um tão específico, não acho que tenha tanta importância também, não foi mandando pelo rei, jogando seu corpo sobre meu ombro começo a andar em direção ao rio.

Por mais que ele seja grande não é pesado para mim, muitas vezes não tenho dimensão de força, fui criado sempre aguentando o máximo que podia a níveis absurdos. Fui mais sortudo que a maioria dos bastardos.

Jogando seu corpo na água, espero que sirva de alimento para os peixes ou qualquer criatura que viva nas profundezas do rio desta floresta.

Foi fácil encontrá-lo, fácil matá-lo e mais ainda descarta-lo, nem sempre encontro oponentes dignos, mas gosto de exterminar esses abutres.

Tomando meu caminho para o castelo tenho quase certeza de que Sebastian e Ilana estarão afundados em vinho e Zarina me esperando para me aborrecer de algum jeito.

Mas graças aos malditos deuses quando chego aos limites do jardim, escuto uma melodia que atrai meu olhar até a cúpula, Jasmine está dançando.

Uma dança lenta e melancólica enquanto se equilibra na ponta dos pés nas sapatilhas, me encubro nas sombras porque observá-la dançar é um dos maiores prazeres que qualquer um teria.

Meu peito estremece, seus braços trabalhando em perfeita harmonia a luz que brilha na sua pele parece dela mesma como se conectasse com a lua, poucas coisas ainda me deixavam maravilhado depois de tudo que já vi, até que vejo o dragão se aproximar saindo das profundezas, a pele encaroçada brilha em preto.

Com a mão encostada no cabo da minha espada observo o que o animal fará, a feérica está alheia enquanto se equilibra em somente um pé enquanto gira.

Então o animal se aninha em uma bola na ponta da cúpula como se chegasse para observá-la de perto.

Sufocando o grito com as mãos ela finalmente o percebe e da vários passos até bater contra um pilar, suas bochechas brilham e noto que são lágrimas.

Não pude ver o seu rosto quando lhe disse o que sabia sobre Sebastian a alguns dias atrás, mas eu não poderia deixá-la cega, mesmo que doesse.

Respirando fundo a donzela deslizou até o chão pelo pilar como se agora soubesse que ele não ia matá-la.

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