CAPITULO XVII - "O que o altar pode revelar"

113 17 4
                                    

Chuveu todo o velório do antigo rei, não houve sequer um raio de sol, as lágrimas caiam com tanta força que derrubaram alguns árvores, a fúria arrebatava pássaros e qualquer coisa voando no ar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chuveu todo o velório do antigo rei, não houve sequer um raio de sol, as lágrimas caiam com tanta força que derrubaram alguns árvores, a fúria arrebatava pássaros e qualquer coisa voando no ar.

Os raios e trovões não cessaram durante a noite, passei ela totalmente acordada, os raios iluminavam meu quarto enquanto eu me encolhia em surpresa dos trovões. Dizem que a natureza do lugar sente tudo sobre seu soberano, as mais antigas lendas diziam que a terra está totalmente conectada com seu herdeiro e por isso, reis e rainhas eram comparados com deuses.

Quando fechei os olhos por uma hora ou menos o dia amanheceu.

O sol se levantou mais uma vez, secando a grama e esquentando a pele molhada, não acho que o sol seria o suficiente para esquentar qualquer coisa em mim.

Não só Celeste e Nevasca apareceram como a rainha e suas outras três empregadas, seus olhos cansados mostravam a noite igual a minha, suas empregadas abriam malas e mais malas pelo o meu quarto enquanto Nesvaca segurava uma bandeja com meu café da manhã.

Não sei muito sobre casamentos mas acredito que as noivas tinham tendência de sorrir e ter conversas entusiasmadas. Durante as 5 horas de preparação, não escutei uma risada ou dei uma, elas me banharam em um ritual que acreditavam potencializar a chances de uma gravidez depois da cerimônia de casamento, me colocaram óleos, essenciais e gosmas.

Pintaram todas as minhas unhas, arrancaram todos os meus pelos, me passaram tanta maquiagem que não sabia se via eu mesma ou uma máscara.

Não a como descrever nada muito agradável leitor, quando sinto que estou indo para o meu próprio velório, mas não tenho para onde correr.

Quando coloquei aquele vestido sufocante Esmeralda invadiu meu quarto usando um vestido vermelho escarlate tão justo e decotado quanto das meninas que trabalham para ela, isso atraiu um olhar de desprezo da rainha e das criadas dela.

— Oh Jas, você está.... Um belo presente intacto. Majestade, seus súditos a esperam na cerimônia. —

Em uma reverência exagerada Esmeralda permaneceu de cabeça baixa, aqueles que a conheciam sabiam que isto era pura zombaria.

— Coloquem o cabelo dela mais alto, logo a verei minha querida. —

Ela apertou minha mão saindo com as suas criadas e Esmeralda esperou a porta se fechar para tirar uma garrafa de vinho de trás das suas costas e me dar.

— Que coisa mais chata, única diversão que tive foi pegar lorde Thanatos com a filha de um lorde na adega. —

Virei a garrafa na minha boca e continuei bebendo enquanto ela falava como se o álcool pudesse deixar meu corpo mais leve.

— Ei ei devagar, não posso entregá-la, bêbada! —

Celeste pegou a garrafa de mim antes que eu a secasse sentindo um leve amargor no paladar.

A COROA DE SOMBRAS Onde histórias criam vida. Descubra agora