Labyrinth

Capítulo 29

— Viserys morreu — Daeron anunciou quando eles estavam tomando o jejum no solar de Aegon.

Ele não mentira que se importou com a morte de seu pai, na maior parte de sua vida ele não teve nem contato com o pai, a morte dele não machucou Aegon como ele pensou que machucaria.

— Ele já estava morto a muito tempo, ele só não aceitava, o homem parecia um cadáver vivo — Joffrey disse.

— Você é horrível — Lucerys falou.

— Sua mãe nos convocou para o sepultamento e a coroação — Seu marido olhou pra ele.

— Eu não vou, meus filhos tem menos de seis meses, não farei outra longa viagem com eles — Aegon diz.

— É uma convocação obrigatória todos temos que ir, ela quer que mostramos ser uma família unida — Daeron se sentou ao seu lado.

— Sua mãe é uma vadia — Aegon gritou com raiva, ele não queria ir pra Porto Real, Jacaerys estava lá.

— Eu concordo plenamente com você — Joffrey riu.

— Joffrey, ela é nossa mãe— Lucerys advertiu o irmão.

— Você é muito chato — Joffrey se levantou e caminhou pra fora do quarto.

— Eu vou com ele — Daeron saiu o deixando sozinhos.

Aegon olhou pra Luke que parecia triste, seu pai foi um bom avô pra Luke e seus irmãos.

— Você está bem? — Aegon perguntou ao sobrinho.

— Sim, só estou um pouco triste, ele foi um bom avô — Luke disse a ele.

— Pelo o menos alguém aqui está triste pela a morte dele — Aegon falou.

— Não diga isso Aegon, ele não era tão ruim assim — Luke o puxou para seu colo.

— Ele era patético sobrinho, um péssimo Rei e um pai pior ainda, a morte dele não deve ser lamentada, deve ser comemorada — Aegon colocou os braços em volta ao pescoço de Luke.

— Vamos deixar os mortos pra lá, agora quero um beijo seu — Luke o beijou.

Aegon suspirou no meio do beijo e começou a abrir a roupa de seu sobrinho.

— Sim, vamos deixar os mortos pra lá, prefiro os vivos, principalmente se tiver um pau como o seu — As mãos de Luke foram pra sua costas.

— Você é insaciável não é? Você tem dois Alfas e um Beta e ainda agindo assim, igual uma prostituta pra mim — Aegon riu na boca de seu sobrinho quando ele entrou nele.

— Sim, Lorde Strong eu sou insaciável mesmo — Os quadriz de Aegon se movimentavam junto com os de Lucerys.

— Você é tão bonito assim pra mim, eu te amo — Luke o beijou novamente.

Aegon descansou a cabeça contra o ombro do sobrinho, os dois estavam ofegantes.

— Eu também te amo — Ele deu um beijo no ombro do Lucerys.

Depois de quase sete meses Aegon estava voltando pra Porto Real.

— Eu odeio esse lugar — Aegon resmungou com a filha nos braços enquanto eles desciam da carruagem no pátio da Fortaleza Vermelha.

—  Eu também Odeio — Joffrey apertou seu ombro.

Sua mãe, Aemond e Helaena estavam esperando por eles na entrada do castelo.

— Eles estão enormes — Helaena correu até eles e parou na frente de Daeron que estavam com Aenar nos braços.

— Sim, eles estão — Seu marido sorriu pra irmã.

— Aegon meu filho, você está ótimo — Sua mãe diz se aproximando dele.

— Sim, está longe desse lugar fez maravilhas comigo — Aegon respondeu a mãe.

— Tenho certeza que sim — Sua mãe passou a mão em seu rosto.

— Irmão posso segura-la?  — Aemond pediu Daenys a ele.

— Sim, claro que sim — Ele praticamente jogou a filha no braço do irmão mais velho, ele estava muito cansado da viagem.

Eles entraram no castelo, a Fortaleza estava em clima de luto, todos pareciam triste com a morte do Rei.

— Papai — Aegon escutou Maelor o chamando, seu filho estava se contorcendo nos braços da babá.

— Oi meu pequeno Sol — Ele pegou o menino nos braços e deu um beijo em seus cabelos platinados.

— Ele cresceu muito rápido, achei que ele seria um bebê pequeno, pois você era — Sua mãe diz olhando pra Maelor.

— Deve ter puxado a Jacaerys — Aegon disse e sua mãe fez um careta.

— Não fale essas coisas Aegon, as pessoas podem escutar — Alicent falou nervosa.

— Como se todas as pessoas desse castelo não soubessem a verdade mãe, ninguém é burro o suficiente pra acreditar que Maelor nasceu dois meses antes da hora, só que ninguém se importa, Daeron é o pai dele perante todos — Ele riu vendo o desespero de sua mãe.

Rhaenyra e Jacaerys caminhavam em suas direções.

— Joffrey, Daeron, Aegon — Fico feliz que vocês se juntaram a nós nesse momento tão difícil para toda a família — Rhaenyra comece a dizer, só que Aegon não deu muita atenção, os olhos de Jacaerys sobre ele e Maelor estavam o enlouquecendo.

— Desculpe só que preciso ir pro quarto, já está na hora de Maelor dormir — Aegon falou nervoso.

— Sim, está na hora — Daeron ficou atrás dele.

— Não papai — Maelor resmungou e Aegon olhou pro filho.

— Vocês devem está cansados da viagem — Rhaenyra disse.

— Vamos de retirar irmã, depois se falamos — Daeron diz.

Aegon se trancou o resto do dia com os filhos no quarto, eles estavam muito cansados e dormiram a maior parte do tempo.

Na hora do jantar, Aegon saiu do quarto, Rhaenyra queria uma refeição com toda a família antes do velório do Rei que seria amanhã, Daeron e Joffrey já tinham ido, Lucerys provavelmente estava com Rhaena, então ele estava sozinho nesse lugar, ele caminhou pelos os corredores do castelo, o silêncio era mortal.

— Príncipe Aegon — Baela o chamou, ele não sabia que ela já estava fora da cama.

— Lady Baela, você está melhor, fico feliz em saber disso — Aegon sorriu sincero pra sua prima.

— Sim, Rhaena salvou minha vida trazendo os curandeiros, graças a isso estou viva e se recuperando bem — A voz de Baela ainda era fraca.

— Você tem sorte de ter uma irmã como ela — Baela se aproximou dele com cuidado.

— Eu gostaria que pudéssemos conversar sozinhos um pouco, é sobre Jacaerys — Baela pediu, os olhos da cara eram puro pânico.

Aegon queria dizer não, só que o pânico nos olhos de Baela o fizeram dizer sim.

— Claro que podemos, venha ao meu quarto depois do jantar — Aegon disse.

— Obrigada — Baela sorriu pra ele.