No carro, a caminho da fazenda, Irene e Antônio foram conversando e pensando exatamente em seus próximos passos, precisavam ser cuidadosos, já que tinham uma cobra dentro da própria casa, que Irene tinha certeza de que levava informações da família diretamente para Agatha.
Antônio ligou para Ramiro e pediu que o funcionário o esperasse na mansão, não deu margem para questionamentos e quando chegaram, o funcionário já os esperava na entrada da casa.
— Ôh patrão, o senhor mandou e eu to aqui
— Ramiro pega as malas da minha mulher no carro e leva lá pra cima, deixa na porta do nosso quarto, anda
— É pra já patrão! Tarde dona Irene
Irene somente acenou com a cabeça e foi entrando na casa e não se espantou quando deu de cara com Angelina na sala, parecia que aguardava ansiosa a chegada nos patrões.
— Quando você disse que ela estava atrás de mim igual uma alma penada eu achei que era exagero, mas era verdade — disse ela ao marido, fazendo questão de ser ácida com a empregada.
— Credo Irene, eu só fiquei curiosa, você sumiu e o Dr. Antônio tava mais nervoso que o comum, eu achei que vocês tinham brigado...
— Quantas vezes eu tenho que repetir? Pra você é DONA Irene! Eu não sou sua amiga, eu sou sua patroa. Ao invés de ficar igual um móvel aqui na sala, você devia estar preocupada em servir o almoço do meu marido, ele ta mal-humorado, porque está com fome, anda, vai fazer o seu serviço.
— Ta certo. Voc/ quer dizer... a senhora vai almoçar? — Disse irônica, Irene e Antônio perceberam.
— Não, eu não vou almoçar. Pode servir o almoço só do meu marido, e depois você vai a cidade fazer as compras do mês, o Ramiro vai te acompanhar.
Ramiro que estava descendo as escadas, ouviu as ordens de Irene, se aproximou.
— O Ramiro? Mas porque o Ramiro tem que ir comigo? Eu sempre fiz as compras da casa sozinha?
— Que isso? Ficou nervosa porque, ta devendo mulher? — Questionou Antônio, apoiando a esposa, reforçando sua ordem — Se a Irene quer que o Ramiro vá com você é isso que ele vai fazer, entendeu Ramiro, gruda nela. Agora vai botar minha comida que eu to com fome.
— Pôdexa patrão, ela não vai sumi das minhas vista não.
— Vem Irene, vamo subir enquanto ela bota a comida...
Irene não conseguiu disfarçar o sorriso em seus lábios e a felicidade ao ver o marido a apoiando contra Angelina. Sempre lutou contra a presença dela naquela casa, nunca gostou da mulher, sempre com conversas estranhas, agora tudo se encaixava. Antônio estava bravo, por ele, demitiria Angelina e resolveria toda aquela situação do seu jeito, mas como sempre, Irene tinha razão.
Aquela mulher era a principal responsável pelo péssimo relacionamento, dele com o filho mais velho. O plano de Agatha sozinho não foi o que estragou a relação de pai e filho, e sim as intensas acusações que Antônio, injustamente, fez a Caio. Ela sabia o tempo todo, ela sempre foi cumplice. Eles só precisavam descobrir o motivo.
O casal entrou no quarto, Antônio colocou a mala dela em cima da cama e a viu suspirar ao retornar para o cantinho dos dois. Irene parou em frente a sua penteadeira e não escondeu o sorriso.
— Meus cremes, finalmente, a mamãe está de volta pra vocês... — Antônio riu e se aproximou, enlaçando sua cintura por trás, a fazendo suspirar e disse em seu ouvido.
— Agora eu fiquei curioso você voltou por mim ou por causa desse monte de creme?
Irene não aguentou e gargalhou, revirando, dentro dos braços do marido, levando os braços ao redor do seu pescoço, disse em sua boca.
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I NEED YOU
Fanfiction#antorene • Fanfic de que parte de uma suposta briga do casal Antônio e Irene La Selva após o retorno de Agatha e depois o reencontro na mansão. Recados: - tentei colocar as falas o mais próximo possível do que as personagens falam na novela, entã...