Capítulo 25

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- Que história é essa? Eu não tô escondendo nada Irene!

- Você acha mesmo que eu a acreditei nesse teatro ridículo de divórcio? - Antônio engoliu em seco - Ninguém faz acordo de divórcio de uma hora pra outra, você e o Silvério acham mesmo que eu ia cair nisso?

- Eu não sei do que você está falando.

- Ah não? - Ela caminhou até a porta que está a fechada, girou a chave e trancou, guardando-a em seu decote - Você só vai sair daqui quando me contar a verdade...

- Irene para já com isso, abre essa porta, vambora pra casa

- Quanto mais você quer que eu vá pra casa, mais eu confirmo as minhas suspeitas de que algo está acontecendo e você não quer me contar.

- Não tem nada pra contar, eu só quero que a minha mulher vá pra casa, você acabou de sair do hospital

- Eu não sou mais a sua mulher e você não estava lá no hospital quando eu acordei.

- É aí que você se engana, você nunca vai deixar de ser a minha mulher e eu estava sim no hospital.

- Eu não me lembro de ter te visto no meu quarto quando eu acordei - Irene dizia enquanto se aproximava dele sabendo que ele encarava o decote dela

- Eu tava ocupado...

- Ocupado com o que? - Ele caminhava para trás, até que bateu em uma parede.

- Meu deus do céu, problemas na empresa, eu tinha que resolver tudo e não dava pra adiar nada

- Se eu tivesse morrido você iria no meu enterro, ou iria pra empresa resolver esses problemas? - Ela o cercou finalmente, o deixando preso a ela.

- Não fala isso nem de brincadeira

- Ué, você nem esperou eu me recuperar e já pediu o divórcio, parece desesperado só de estar sozinho numa sala comigo... - Irene dizia isso enquanto acariciava os braços do marido, que tentava não tocar nela

- Não é nada disso, eu fiz o que tinha que fazer

- Ah é? - desabotoou os dois primeiros botões da camisa branca que ele usava embaixo da jaqueta e mordeu os lábios o encarando - E o que é que você tinha que fazer Antônio?

- Eu... - Ele não conseguia raciocinar quando ela estava tão perto e neste momento cheirando o pescoço dele, dando leves beijos - Eu tinha que... manter você segura.

- E você pode me dizer como eu vou ficar segura longe de você? Hm? Longe do meu Antônio?

- Para Irene não faz isso... - Ele tentou afastá-la, mas segurar sua cintura com as mãos foi uma má ideia, ele não ia conseguir soltá-la nem que quisesse, só conseguiu prendê-la a ele ainda mais.

- Eu não tô fazendo nada... Só estou conversando com o meu marido... - Disse ela segurando em sua jaqueta, muito próximo a boca dele. - Tô morrendo de vontade de beijar você Antônio...

- Ah é? Hm... - Ele encarava a boca dela, com sede daquele beijo, queria jogar tudo para o alto e a tomar ali mesmo - Nós não podemos fazer isso... Nós somos divorciados Irene

- Vai continuar mentindo pra mim é? - Ela puxou ele para ela e deu uma leve mordida em seu lábio inferior - Diz pra mim o que tá acontecendo amor...

- Você só precisa acreditar em mim, acreditar que eu sou louco por você e eu não vou deixar ninguém te fazer mal ou fazer mal a nossa família Irene. Você é minha, pra sempre!

- Eu confio em você, mas eu preciso da verdade, o que a Agatha está fazendo com você?

- Ela não está fazendo nada. - Ele disse ainda encarando a boca dela.

- Não? Então nós não somos mesmo mais marido e mulher? - Irene sentiu o aperto dele em sua cintura e gemeu em sua boca - Eu sou uma mulher solteira? Livre e desimpedida, que pode procurar um homem que me valorize e que não vai mentir pra mim?

A menção de um outro homem em seu lugar fez com que Antônio rugisse e a empurrasse em direção a parede oposta, seu aperto ficou mais forte na cintura dela, o gemido e o sorriso em seus lábios entregavam o quanto ela amava vê-lo com ciúmes, ele era dela ainda, sempre seria.

- Você não pense em tocar em outro homem senão quiser me ver naquela cadeia de novo ouviu bem? Você está proibida de sequer pensar nisso Irene La Selva, você é a minha esposa entendeu?!

- Eu sabia que eu ainda era a sua esposa amor... - Vê-lo cair em contradição foi um alívio, sabia que tiraria dele a verdade - Conta pra mim o que aquela bandida tá usando pra te afastar de mim... Hm? Conta logo pra eu poder beijar e fazer amor com você em cima desse sofá...

- Irene não faz isso comigo mulher, eu não posso...

- Pode! Pode e vai, por mim Antônio...

Ele não negaria nada a ela, ele sabia, ela sempre ganharia dele tudo o que quisesse! Antônio a puxou para sentar com ele naquele sofá que ela prometeu que usaria para fazer amor com ele, e Irene foi extremamente ágil e não se permitiu parar com seu plano, assim que ele se aconchegou no estofado, ela sentou em seu colo, com as pernas uma em cada lado do quadril dele.

- Assim a gente não vai conversar... - Disse ele apertando a cintura dela, hipnotizado.

- Esse é o único jeito de saber se você está dizendo a verdade, olhando nos seus olhos e bem preso embaixo de mim, como sempre foi!

- Tudo bem, eu conto... Mas eu acho que mereço um beijo antes

- Um beijo? Não sei se você tá merecendo Antônio...

- Você tá querendo me matar...

- Nunca, você é a minha vida!

Antes que pudessem perceber suas bocas se uniram, o tesão acumulado estava todo ali, na energia que os rodeava, nas mãos dele que seguravam o quadril dela e nas mãos dela, que direcionaram o beijo sedento deles, ela arranhava o pescoço dele, a nuca e sentia tudo nela queimar com ele circundando a sua cintura, a fazendo sentir totalmente duro embaixo dela.

As línguas se buscando, as mordidas trocadas, os gemidos que soavam era tudo o que ela queria, e ele não conseguia evitar, tinha medo de dizer a ela o que estava acontecendo, mas sabia que com ela ao seu lado, poderia enfrentar tudo o que viria pela frente, juntos eles eram imbatíveis.


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