You belong to me

32- Dia turbulento

Camila Cabello Point Of View

Ao chegar em casa me joguei no sofá. Eu tinha tempo para isso? Não. Estava preocupada? Sim. Conseguia levantar? Nem fodendo. Aquele sofá aconchegante me abraçou de tal forma que eu quase dormi na hora, mas meu celular vibrou me acordando. Era Zoey.

Message on

Zoey: Camila, bom dia tudo bem? Tem uns caras aqui querendo falar contigo e parece ser bem sério. Que horas você chega?

A mensagem de Zoey me assustou. Não me lembro de ter marcado nenhum encontro com caras para falar sobre sessão ou algo assim. O que estava acontecendo?

Me sentei no sofá para respondê-la

Cami: Bom dia Zoey! Estou a caminho já, avisa á eles que atrasei um pouco mas ja ja chego.

Zoey: Ok!

Message off

Sim, me atrasei realmente mas nada muito grande afinal ainda daria tempo de atender meu próximo paciente. Me levantei e corri para o quarto tirar esse vestido podre. Queria tomar um belo banho, mas ao invés disso tomei uma ducha. Me troquei, peguei minha bolsa e corri para a clínica. Sorte que fica perto daqui.

(...)

Cheguei e subi para a minha sala, cumprimentando todos na recepção e subi de elevador para minha sala ao quarto andar. Assim que as portas abriram, pude enxergar uma certa aglomeração ao fundo do corredor – que não é tão extenso – em frente á minha sala.

-Ali! É ela!

Um homem barbudo começou a andar na minha direção em passos largos, enquanto eu andava em passos lentos assustada com o que está prestes a acontecer.

-Vem aqui, Camila Cabello.

Sua voz denunciava sua raiva em um tom alto. Haviam 3 seguranças atrás dele, um deles o segurou pelo ombro o fazendo parar de andar. Zoey estava na frente da minha porta, parecendo um ratinho amuado no meio de vários rinocerontes. Caminhei mais um pouco até ficar cara a cara com os guardas e o homem.

-Pois não? O que está havendo aqui?

Chamei Zoey com a mão e em passos largos ela se acomodou ao meu lado.

-Você colocou aquelas picuinhas na cabeça do meu filho e eu quero que você pague por isso.

Suas expressões, sua voz, sua postura, tudo indicava raiva e desprezo. Eu não fazia ideia do que ele estava falando, mas não me atreveria dizer isso em voz alta claro.

-Perdão... O senhor é?

-Houston. Mark Houston

Minhas sobrancelhas se arquearam sozinhas após reconhecer o nome.

-E seu filho é o Jake

-Exatamente. Jake Houston e não Jane. O que você anda falando pra ele hein? Quem você pensa que é? Ele é meu filho. Eu não te pago pra você tranformar ele em uma mariquinha.

Ele se aproximou ainda mais, dei um passo para trás estendendo meu braço na frente de Zoey a fazendo recuar junto a mim. O guarda segura o braço de Mark o impedindo de chegar mais perto.

-Eu peço desculpas se te ofendi em algum momento, senhor Houston mas meu trabalho não é tranformar o Jake em uma mariquinha. É ouvi-lo e orientá-lo. Eu não falei nada de mais para ele.

-Eu quero saber!! Quero que me conte tudo o que ele falou para você e o que você respondeu.

-Eu não devo fazer isso. Todas as nossas conversas são privadas. O que acontece na minha sala, fica na minha sala