Kh- o que você quer comer?
Paro de olhar para o teto e, na minha cama, olho para o mesmo, parado na frente da porta do meu quarto.
Sn- ahh, não sei, eu não tô com fome, vou tentar dormir um pouco - falo com pouco ânimo nas palavras.
Kh- eiii! - ele se aproxima de mim - o que foi que aconteceu? Eu nunca te vi assim tão pra baixo - ele senta ao meu lado - o que foi que te deixou assim?
Sn- ahh, eu não sei, é só... Sabe quando a pessoa se sente mal sem ter nenhum motivo aparente? - me levanto e olho para ele.
Kh- talvez isso seja por causa de alguns dos seus sentimentos acumulados - ele volta seu corpo para mim - quando você guarda algo e fica com o peso na consciência e, depois de tanto pensar naquilo, esse sentimento acaba por voltar - suas mãos seguram as minhas.
Sn- bem... Mas e quando você não sabe mesmo o que causou isso em você? O que você faz?
Kh- eu tentaria rever o que estaria me machucando assim e, depois, tentaria resolver essa questão, mas se você não sabe o que é... Acho que seria melhor deixar tudo isso de lado e ir ocupar sua cabeça com algo divertido.
Sn- humm, você tem razão! - dou um sorriso curto.
Kh- agora vem cá e me dá um abraço! Não quero te ver mais assim, okay?
Seus braços se envolvem ao redor do meu corpo e ficamos assim por um período um tanto longo.
Sn- o seu perfume tá diferente hoje! - levanto minha cabeça que havia afundado em seu peito para quebrar todo aquele silêncio.
Kh- você gostou?! - seus olhos se unem aos meus e eu contemplo o seu sorriso que havia se formado junto com a pergunta.
Sn- sim - tento me afastar do seu corpo, mas os seus braços ao meu redor impedem o meu ato - ele tem um cheiro agradável - desisto de tentar me afastar do mesmo.
Kh- eu... - seus olhos se prendem aos meus - eu acho... - ele não chega a completar a frase, seus olhos descem e fixam em meus lábios, me deixando levemente desconfortável - eu posso te beijar?
A pergunta chega como uma bomba aos meus ouvidos, me pegando desprevenida.
Mas uma vez tento me afastar, mas sou impedida, não pelos seus braços, mas pelos seus lábios. Sua boca havia tocado a minha sem que eu pudesse esperar por aquilo.
Me dando conta do que estava acontecendo, fecho meus olhos e sinto seus lábios aos meus.
Ele se afasta e me olha, ainda abraçados.
Sn- você não esperou eu responder!
Kh- eu sei, mas eu estava com medo da sua resposta.
Sn- não precisava ter medo - nossos olhos voltam a se encontrar - seria "sim"!
Kh- então, eu... - antes que ele termine de falar, uno nossos lábios em outro beijo.
Nossos lábios dançam em mesmo ritmo, suave e lento, formando um beijo tão doce quanto balas de mel.
It- eiii!! Desculpa ter que atrapalhar toda essa cena romântica, mas o jantar vai esfriar!
Intak aparece na porta que Keeho havia esquecido aberta.
It- Vocês demoraram tanto que a gente acabou pedindo sem vocês. Mas agora eu entendo o motivo da demora - ele tá um sorriso perverso e sai - ANDEM LOGO!
Escutamos seu grito vindo do corredor.
Kh- melhor irmos!
Sn- também acho!
