Capítulo 37

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Akira

— Você está pronta?

Balanço a cabeça positivamente.

— Então vamos.

Hoje é o dia que Kakashi me apresenta à folha como sua esposa, primeira dama de Konoha.

E apesar da chuva de aplausos, aquilo não me chamava muito a atenção.

Estar casada com Kakashi era maravilhoso e eu sinceramente poderia ficar dando meu depoímento por horas sobre o quão sortuda sou por ter o meu marido.

Mas acredito que seríamos motivo de divórcios e términos de relacionamentos que aparentam ser felizes por aceitar o mínimo do mínimo com os homens que não movem um músculo para conquistar suas mulheres.

— Todo o meu governo em troca dos seus pensamentos — ofereceu-me, juntamente com uma rosa vermelha entre os dedos.

Sorri.

— Está oferecendo muita coisa só pra saber o que estou pensando.

Ele negou.

— Tudo que vem de você vale muito mais que qualquer outra coisa.

Sorrio, ele me abraça pela cintura, depositando vários beijos em meu rosto, me fazendo cócegas.

— O que quer almoçar hoje? Eu cozinho para você.

Sorri.

— Não, hoje eu vou cozinhar.

Ele arqueou as sobrancelhas, fez cara de surpreso.

Olhou para trás de mim e seus olhos percorreram todo o local.

— O que está procurando? — perguntei.

— Nosso guarda-chuva. Você vai cozinhar, isso é alerta de chuva.

Fiz careta.

— Pare! Que calúnia! Até parece que só você cozinha.

— Bem — deu de ombros, desviando o olhar — a maioria das vezes sou eu.

— Porque você insiste! — bufei.

Ele sorriu, beijou meu rosto.

— Eu amo cozinhar para você.

Sorri também.

Ele segurou minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus, tomamos caminho para casa.

Ou eu achava que iríamos para casa.

— Para onde estamos indo?

— Preciso te apresentar a alguém...

Não questionei, muito menos quando percebi que o rumo do qual ele tomou era o do cemitério. Passamos entre os memoriais, até ele parar na frente de um.

Sakumo Hatake.

Kakashi fixou os olhos sobre o nome gravado na pedra de mármore, suspirou, meio abatido, forçou um sorriso ao me olhar.

— Sei que parece bobeira... mas costumo passar aqui e conversar com meu pai sobre a vida. Entretanto, estivemos no país do raio por meses, não consegui falar de você.

Abracei-o e ele apoiou o queixo em minha cabeça.

— Acho que ele deve estar dando graças aos céus que pela primeira vez em toda a minha vida eu vim falar de algo que me deixa feliz — dá uma risada sem graça — porque foram tantas... tantas coisas ruins...

— Não acho bobeira que venha aqui conversar com seu pai. Mesmo sem ter a certeza de que ele está ouvindo, é a consideração e respeito que tem por ele.

Esposa de Mentirinha ( REESCRITA ) Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora