Capítulo 18

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Tão subitamente como começou.

— Eu te amo tanto Akira... logo seremos só nós dois, juntos, vivendo o nosso amor – Toshi diz analisando a aliança.

Sorrio.

Ele segura minha mão e dá um beijo na mesma.

— Quero passar o resto da minha vida do seu lado, todos os dias, apenas nós dois – ele diz me dando um beijo no rosto.

Isso seria um pesadelo.

Quem iria imaginar?

— "Faço tudo para sermos felizes. Só estou pedindo para não vestir essa blusa de alça, ou esse vestido curto."

—" não vá se voluntariar pra ajudar na ala pediatra hoje e fique aqui comigo, já não suporto ficar longe"

— "não sorria para outros homens porque esse sorriso quero só para mim"

" não… não… não…”

Não's que começaram a vir de alguém que eu achava ser apenas ciúmes normais, ou carência.

E então eu me encontro da mesma maneira.

Tento me erguer, desorientada e confusa, mas novamente ele bate com força e sinto o gosto do sangue. E dor. Tanta dor. Estou entre sangue e dor.

Deus, isso dói tanto!

Bate, bate e bate…
Sangro, explodo, diluo-me.
Novamente, novamente, novamente.
Sem tempo para gritar ou chorar as dores que proliferam em mim.

A morte chega de fininho, tomando conta e me tirando do maldito mundo.

Não.

— Eu não te bato Akira, eu te educo quando faz algo inaceitável e você é burra e erra como ninguém.

— Ouça bem o que digo, eu voltarei, não esqueça, eu voltarei para finalizar o trabalho, dessa vez sem dó e nem piedade.

Mira em mim outra vez.

≫∘❀♡❀∘≪

— Por favor...

Me encontro sentada na cama, suando constantemente, com a pressão baixa e o coração pulsando forte.

Desde que sentei, estou paralisada, em transe, perdida nos pensamentos.

— ...não me machuque mais... – completo, percebendo que foi um sonho, diminuo a voz.

Kakashi respira fundo, também sentado, a tensão de seus ombros diminui, mandando embora a preocupação ao me ver consciente, mas não sei se foi ele quem me acordou.

Estou tonta e minha visão turva, suando frio e percebo, é mais uma noite daquelas.

— Foi um sonho Akira... olhe para mim, está tudo bem – ele repete as frases curtas até entrarem na minha cabeça e eu afirmar com um gesto que estou bem.

Bem acordada, porque de verdade não estou bem.

— Eu... preciso...

Eu não precisava completar e já estava nos braços dele, sentindo meu corpo leve sendo carregado até a varanda, ele parou, comigo no colo, deixando que eu respirasse o ar que precisava.

Não precisava dizer e ele já sabia o que era, sempre soube.

"Você queria tanto sair pela janela, o que acha disso agora?"

Esposa de Mentirinha ( REESCRITA ) Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora