Esposa de Mentirinha ( REESCRITA ) Kakashi Hatake

Capítulo 39

— Tentamos por mais de dois anos, já tivemos mais de vinte negativos... — Toshi diz, sentado ao meu lado, enquanto segura minha mão, que treme.

Estou suando e não é de ansiedade, é porque sei que essa calmaria irá acabar se esse teste não der positivo.

Toshi sempre é assim, senta ao meu lado, diz frases apaixonantes, se mantém calmo.

Mas quando vemos que fracassei outra vez, ele surta, grita, quebra as coisas ou faz ainda pior comigo.

E estou cansada...
Eu já nem sei se ainda quero ter filhos...

É sempre a mesma coisa todo mês...

Respiro profundamente, vou até o banheiro pegar o teste, uma vez que vi o teste sozinha ele surtou.

Peguei o teste sem olhar, retornei para a sala, respirei profundamente.

Me sentei ao seu lado no sofá, engoli seco, mostrei o teste.

Positivo.

O que?

— Positivo! — Toshi se levantou passou as mãos sobre os cabelos negros, sorriu meio desacreditado — positivo meu amor!

Não tive reação alguma e nem sei por que, talvez minha ficha não tivesse caído ou eu mesma não acreditava.

Ele sorria, com os olhos cheios de lágrimas, segurou meu rosto com as mãos e me beijou.

— Esse garoto será como eu! Vamos fazer tantas coisas juntos!

Pisquei algumas vezes.

— Garoto?

— Sim — Toshi sorriu — um menino.

Balancei a cabeça.

— Não sabemos o que é ainda, pode ser que seja uma menina.

— Não — ele deu uma risada sarcástica — menina não.

Ergui os olhos para ele.

— O que?

— Você vai me dar um menino.

Me levantei, indignada, a ficha de que eu iria ser mãe nem havia caído, mas minha raiva já era grande.

— O que!? Como quer me exigir um menino!? E se for menina!?

Ele sorriu amargamente, segurou meu queixo.

— Se for menina, será inútil como você. Não criarei uma mulher, muito menos você, se for menina, eu irei desaparecer com ela.

Choque de realidade

— Meu amor...

A voz de Kakashi me tirando do pesadelo era a melhor coisa. Continuei de olhos fechados, repousando sobre o travesseiro, sentindo apenas meu coração bater desenfreadamente.

Seus dedos acariciam os fios ruivos e por mais que eu não o veja, sei que está sorrindo enquanto me vê.

— Estava sonhando? — sussurra para mim.

— Sim... — minha voz sai fraca, me viro um pouco para ele — te acordei?

— Não... claro que não... — sorri — trouxe o café para você...