Capítulo 4

149 22 13
                                    

Cézar caminha para fora da sala de aula carregando no mínimo dez livros. O local estava agitado pois as aula tinham acabado. Até que um garoto acaba tropeçando nos cadarços desamarrados e esparra em Cezar. Que deixa seus livros cairem no chão.

- Olha por onde anda muleque! - A voz de Luísa se faz presente no local. O pobre garoto que apenas tinha tropeçado leva uma mochilada na cara. E uma série de tapinhas em seu rosto.

- AI! ISSO DÓI GAROTA. - ele cobre o rosto com os braços.

- E vai doer mais ainda! Vou jogar uma cadeira na sua cara! - Cézar junta os livro. Os coloca em cima de um banco e segura as mãos de Luísa.

- Chega Luísa.. ele tropeçou sem querer. - Sua voz era mansa.

O garoto se levanta e sai rapidamente do corredor. Odiaria levar uma cadeirada na cara.

Os olhos esverdeados estavam intensos. Eram como ácido que se chegar perto.. você se corroía. Mas ao encontrar o olhar de Cézar esse ácido se transforma em um olhar doce. O leve azul dos olhos de Cézar transmitiam calmaria.. paz.. era como o mar. Mas que uma vez desafiados se torna turbulento e agitado.

- Se acalma. - Ele arruma os fios bagunçados do cabelo de Luísa.

- Olha como você está descabelada! - Ele alisa os cabelos loiros da menina.

Luisa sente seu rosto corar. Ela esconde as bochechas com as pequenas mãos e desvia o olhar de Cézar.

- Precisamos ir.. papai vai brigar.

- É.. você tem razão. - Ele sorri e pega os livros que antes estava no banco.

Cézar acompanha Luísa até a frente de sua casa.

- Tchau Cézar, obrigada por me deixar em casa. - ela sorri.

- Que isso.. está tudo bem. - ele sorri de lado e coça a nuca envergonhado.

Luisa deixa a mochila em frente a grande porta da mansão e vai em direção ao garoto. Entrelaçando seus braços no pescoço do garoto e lhe dando um beijo estalado na bochecha.

- Boa noite. - Ela sorri. Pega sua mochila e entra na mansão.

- Boa.. - Ele coloca a mão sob a bochecha. Exatamente no lugar onde Luísa o beijou. Ao retirar sua mão do rosto nota rastros de Glitter. Por conta do gloss sabor morango que a menina sempre usava.

Cézar caminha até sua casa com os livros pesados em mãos. Logo é recebido por rex que se enrosca entre os pés do garoto.

Ele entra na casa. Deixa seus livro em cima da mesa e pendura sua mochila em um cabide.

- Chegando sempre tarde en Cezar. - Richard surpreende o garoto.

- Desculpa pai..

- Desculpa.. desculpa.. tô cansado de ouvir isso. - ele se aproxima de Cézar e o puxa pela gravata. Sobe as escadas com o garoto sendo pendurado pela gravata. Adentra o quarto e o joga no chão.

- Quero você aqui 17:00 em ponto todo dia! Nessa casa temos regras que tem que ser cumpridas.

Cézar tentava recuperar o ar. E afrouxa a gravata.

- Você me entendeu? - Cézar apenas confirma com a cabeça. Richard fecha a porta do quarto do garoto bruscamente.

Cézar se encolhe entre sua cama e seu guarda roupa. Apoiando seu rosto no joelho o garoto libera suas lágrimas. Não se sentia o suficiente para o pai se orgulhar dele. Depois que Olga morreu... Tudo desandou

Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora