Capítulo 22

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As vezes precisamos de momentos sozinhos, seja fazendo seu hobby preferido ou seja admirar uma paisagem que já está acostumado, era exatamente isso que Cezar fazia todas as tardes depois de voltar da escola, deixava sua mochila e jaqueta de lado e ia para o mesmo lago de sempre observar o sol se pôr e o barulho da água de chocando contra as rochas, que o acalmava.

Naquele dia em específico Luísa o tinha seguido para descobrir "o tal do lugar" que ele sempre sumia durante a tarde. Escondida atrás de uma árvore ela o observava completamente distraído.

— Aqui é um lugar bonito. - Cézar dá um pulinho de susto e encara a garota um pouco acima de si.

— É.. é realmente muito bonito.

— Será que tem corujas por aqui? - Diz descendo o barranco que estava em cima.

— Acho difícil.. - Ele a encara. — Cuidado para não se machuc..

Ele nem termina a frase e vê Luísa desequilibrando e caindo de cara no chão, por sorte seu rosto não caiu em cima de uma das pedras que ali tinha

— LUISA! - Ele a levanta e a direciona até um banco, perto do lago aonde molhava seus pés. — Você está bem?

— Estou. - Ela sorri envergonhada — apenas minha testa que arde.

— Tem um pequeno corte nela. - Ele passa a ponta do polegar delicadamente por ela. — Me dê um minuto.

Ele então caminha até uma pequena maleta de primeiro socorros escondidas no tronco de umas das várias árvores que tinham ali.

— Foi superficial. - Ele retira uma pequena embalagem de álcool e uma cartela de band-aid da caixinha.

— O quê raios uma caixinha de primeiros socorros está fazendo aqui no meio do mato? - Ela franze o cenho.

Cézar gargalha com a sinceridade da garota, provavelmente ela falou a primeira coisa que veio a mente.

— Antigamente brincava com meus irma- amigos. - Ele se corrige. — Eles se machucavam muito... Tinha que me precaver.

— E não brincam mais? - Ela o observa se aproximar e se ajoelhar diante dela.

— Não mais.. - Cézar umedece o algodão com o álcool e delicadamente passa pela testa da menina.

— Por quê? - Ela estremece ao sentir o ardor do álcool.

— Digamos que.. a vida nos separou. - Ele sorri Amigavelmente.

— Eles foram para outra cidade?

— Tipo isso. - ele retira o band-aid da cartela e o coloca na testa de Luísa.

Seus olhos expressivos o fazia perder o fôlego, ainda mais o encarando por muito tempo, ele sente suas bochechas queimarem quando os lábios dela formam um lindo sorriso deixando suas bochechas rosadas evidentes.

— Obrigada Cézar. - Ela espreme os lábios. — Vamos entrar logo, você tem que ir pra a festa do ensino médio. - Diz se levantando e tirando a terra dos joelhos.

— Você também vai, não? - Ele se levanta e arregaça as mangas de sua camisa social.

— Não.. - Seu olhar cabisbaixo faz Cézar irrugar a testa.

— Por qual motivo?

— não vê? - Ela aponta para seu rosto. — Estou cheia de espinhas!

— Não são tantas assim..

— Estou horrorosa. - Resmunga.

— Não diga isso! - Diz em um tom sério, despertando a atenção dela, pra ele. — Você é a garota mais bonita que eu conheço, não há motivos para se sentir assim!- Fala rapidamente fazendo Luísa arregalar os olhos.

Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora