Após algumas semanas Cézar finalmente é liberado. O garoto estava em seu quarto quando um dos guardas o chama.
— Cézar pendlenton?
— Sou eu senhor!
— Está liberado. - O garoto arregala os olhos e sorri surpreso.
— Me acompanhe. - Cézar segue o guarda que segura em seus pulsos e coloca algemas no garoto.
— O quê? - ele arqueia a sombrancelha. — Pra quê isso?
— Pra evitar de você fugir antes de eu falo com o conselho tutelar. Fique ai! Eu já volto. - O guarda fecha a porta e sai.
— Olha, olha. - Vicente se aproxima de Cézar. — Vejo que o loirinho tem sobrenome chique. - Ele sorri sarcástico e espalma a sola do pé no peito de Cézar, fazendo o garoto cair sentado no chão.
— Cara.. - Cézar nega com a cabeça. — Já já serei liberado, por quê isso?
— Por quê você me espancou naquele dia seu Idiota! - Vicente coloca o pé em um dos ombros de Cézar e o pressiona.
— Você tem ideia do quê você falou?
— O quê? Aquilo da sua namoradinha? - Ele pressiona ainda mais o pé contra o ombro de Cézar, fazendo o garoto cerrar os dentes de dor. — Não menti em nenhum momento.
— Seu maldito. - Cézar Resmunga baixinho. O garoto chuta a cara de Cézar fazendo seu corpo cair por completo no chão.
— Seu filho da puta filhinho de papai! - Vicente coloca o pé em cima da cabeça de Cézar, colocando todo seu peso nela o causando uma dor insuportável.
— TENTA SE SOLTAR PORRA! - Cézar tentava respirar pela boca enquanto sua cabeça estava sendo prensada no chão. — FALA CÉZAR!
— QUE MERDA É ESSA? - o guarda abre a porta bruscamente. — Porra vicente, isso denovo? - O guarda tira o garoto de cima de Cézar pelos cabelos.
— Vamos garoto. - O guarda ajuda Cézar a se levantar e o guia para fora do reformatório.
Ele caminha em passos desajeitados ainda com suas mãos presas quando avista Manoel, ele agradece mentalmente por Luísa não estar ali. Não queria que ela o visse naquele estado.
O guarda retira as algemas de Cézar e o empurra com o pé em direção a Manoel. O garoto estava tão fraco que acaba caindo.
— Vê se não apronta denovo. - o guarda sussurra e volta para o reformatório.
Cézar se apoia em seus punhos e ergue a cabeça para encarar Manoel.
O homem de cabelos castanhos corre em direção ao menino e o ajuda a se levantar.— Cézar meu filho.. - Manoel encara o garoto de cima a baixo. — O quê fizeram com você?
Cézar apenas nega com a cabeça. Manoel o leva até o carro e partem em direção ao hospital. A caminho do hospital ele desmaiou.
(.....)
Cézar foi anestesiado e dorme profundamente, ele foi encaminhado para um dos melhores quartos do hospital Aisen. Por sorte Manoel era amigo do dono de lá, Ruben aisen.
O médico se aproxima de Manoel que segurava uma das mãos enfaixadas do garoto. A expressão preocupada escondida por trás da máscara aflige do homem.
— Senhor D'Ávila.. seu filho sofreu leves lesões nas costelas, teve sua perna fraturada além de alguns hematomas por diferentes partes do corpo.. Ele terá que ter acompanhamento médico.. aconselho que o senhor deixe que ele permaneça no hospital até ele melhorar.
— Tudo pela melhora do garoto. - Manoel inspira pesadamente. — Precisará de alguma cirurgia?
— Não. - Ele nega com a cabeça. — Apenas a perna terá que ser engessada, já os hematomas desaparecerão ao longo do tempo.. só aconselho o senhor passar uma pomada para quando melhorar não ficar com uma marca permanente.
— Tudo bem.. - Ele morde o interior da bochecha. — O doutor tem algum prazo de quanto ele permanecerá no hospital? - Diz enquanto arruma os cabelos loiros bagunçados do garoto.
— Creio que em uma semana ele recebera alta. - Manoel assente com a cabeça.
(....)
Depois de algumas horas Cézar desperta, aquela luz forte faz com quê sua visão fique embaçada nos primeiros segundos. Piscando rapidamente ele olha por todo o cômodo e avista Manoel.
— Se.. senhor Manoel? - Sua voz sai fraca.
— Ah.. - O homem Respira aliviado. — Você finalmente acordou garoto.
— Aonde estou?
— Está no hospital.. mas não se preocupe, você sairá em menos de uma semana.
— Ah sim.. senhor?
— Fale.
— A Luísa sabe que eu estou no hospital?
— Não.. ainda não. Por quê?
— Peço que não a avise. - Ele tenta se mover mas percebe que sua perna direita e braço esquerdo estão engessados.
— Por quê? Vocês não eram amigos?
— Somos, claro que somos. - Ele sorri. — Mas não quero que ela me veja nesse estado.. - Manoel iria falar mas Cezar o interrompe. — Não quero que ela desperdice suas lágrimas comigo.
— Entendo.. Luísa também não gosta de hospitais então... Não a avisarei.
— Obrigado. - Cézar sorri de lado agradecido. Logo sente sua visão ficar embaçada e ele adormece novamente.
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
Fiksi PenggemarLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.