Capítulo 17

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Após algumas semanas Cézar finalmente é liberado. O garoto estava em seu quarto quando um dos guardas o chama.

— Cézar pendlenton?

—  Sou eu senhor!

— Está liberado. - O garoto arregala os olhos e sorri surpreso.

— Me acompanhe. - Cézar segue o guarda que segura em seus pulsos e coloca algemas no garoto.

— O quê? - ele arqueia a sombrancelha. — Pra quê isso?

— Pra evitar de você fugir antes de eu falo com o conselho tutelar. Fique ai! Eu já volto. - O guarda fecha a porta e sai.

— Olha, olha. - Vicente se aproxima de Cézar. — Vejo que o loirinho tem sobrenome chique. - Ele sorri sarcástico e espalma a sola do pé no peito de Cézar, fazendo o garoto cair sentado no chão.

— Cara.. - Cézar nega com a cabeça. — Já já serei liberado, por quê isso?

— Por quê você me espancou naquele dia seu Idiota! - Vicente coloca o pé em um dos ombros de Cézar e o pressiona.

— Você tem ideia do quê você falou?

— O quê? Aquilo da sua namoradinha? - Ele pressiona ainda mais o pé contra o ombro de Cézar, fazendo o garoto cerrar os dentes de dor. — Não menti em nenhum momento.

— Seu maldito. - Cézar Resmunga baixinho. O garoto chuta a cara de Cézar fazendo seu corpo cair por completo no chão.

— Seu filho da puta filhinho de papai! - Vicente coloca o pé em cima da cabeça de Cézar, colocando todo seu peso nela o causando uma dor insuportável.

—  TENTA SE SOLTAR PORRA! - Cézar tentava respirar pela boca enquanto sua cabeça estava sendo prensada no chão. — FALA CÉZAR!

— QUE MERDA É ESSA? - o guarda abre a porta bruscamente. — Porra vicente, isso denovo? - O guarda tira o garoto de cima de Cézar pelos cabelos.

— Vamos garoto. - O guarda ajuda Cézar a se levantar e o guia para fora do reformatório.

Ele caminha em passos desajeitados ainda com suas mãos presas quando avista Manoel, ele agradece mentalmente por Luísa não estar ali. Não queria que ela o visse naquele estado.

O guarda retira as algemas de Cézar e o empurra com o pé em direção a Manoel. O garoto estava tão fraco que acaba caindo.

— Vê se não apronta denovo. - o guarda sussurra e volta para o reformatório.

Cézar se apoia em seus punhos e ergue a cabeça para encarar Manoel.
O homem de cabelos castanhos corre em direção ao menino e o ajuda a se levantar.

O homem de cabelos castanhos corre em direção ao menino e o ajuda a se levantar

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— Cézar meu filho.. - Manoel encara o garoto de cima a baixo. — O quê fizeram com você?

Cézar apenas nega com a cabeça. Manoel o leva até o carro e partem em direção ao hospital. A caminho do hospital ele desmaiou.

                            (.....)

Cézar foi anestesiado e dorme profundamente, ele foi encaminhado para um dos melhores quartos do hospital Aisen. Por sorte Manoel era amigo do dono de lá, Ruben aisen.

O médico se aproxima de Manoel que segurava uma das mãos enfaixadas do garoto. A expressão preocupada escondida por trás da máscara aflige do homem.

— Senhor D'Ávila.. seu filho sofreu leves  lesões nas costelas, teve sua perna fraturada além de alguns hematomas por diferentes partes do corpo.. Ele terá que ter acompanhamento médico.. aconselho que o senhor deixe que ele permaneça no hospital até ele melhorar.

— Tudo pela melhora do garoto. - Manoel inspira pesadamente. — Precisará de alguma cirurgia?

— Não. - Ele nega com a cabeça. — Apenas a perna terá que ser engessada, já os hematomas desaparecerão ao longo do tempo.. só aconselho o senhor passar uma pomada para quando melhorar não ficar com uma marca permanente.

— Tudo bem.. - Ele morde o interior da bochecha. — O doutor tem algum prazo de quanto ele permanecerá no hospital? - Diz enquanto arruma os cabelos loiros bagunçados do garoto.

— Creio que em uma semana ele recebera alta. - Manoel assente com a cabeça.

(....)

Depois de algumas horas Cézar desperta, aquela luz forte faz com quê sua visão fique embaçada nos primeiros segundos. Piscando rapidamente ele olha por todo o cômodo e avista Manoel.

— Se.. senhor Manoel? - Sua voz sai fraca.

— Ah.. - O homem Respira aliviado. — Você finalmente acordou garoto.

— Aonde estou?

— Está no hospital.. mas não se preocupe, você sairá em menos de uma semana.

— Ah sim.. senhor?

— Fale.

— A Luísa sabe que eu estou no hospital?

— Não.. ainda não. Por quê?

— Peço que não a avise. - Ele tenta se mover mas percebe que sua perna direita e braço esquerdo estão engessados.

— Por quê? Vocês não eram amigos?

— Somos, claro que somos. - Ele sorri. — Mas não quero que ela me veja nesse estado.. - Manoel iria falar mas Cezar o interrompe. — Não quero que ela desperdice suas lágrimas comigo.

— Entendo.. Luísa também não gosta de hospitais então... Não a avisarei.

— Obrigado. - Cézar sorri de lado agradecido. Logo sente sua visão ficar embaçada e ele adormece novamente.

Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora