Luisa ainda estava adormecida, seus quadris estavam enrolados nos lençóis macios da cama. Cézar se aproxima da cama e coloca uma bandeja de café da manhã na ponta da cama. O garoto vai até a janela e abre as cortinas, os raios de sol atinge seus cabelos loiros.
— Luísa. - ele vai até ela e se senta ao seu lado. — Lu.. - Ele acaricia as bochechas da garota, que estavam inchadas e doloridas.
— Hmm - Ela se espreguiça e aos poucos acorda. — Cézar..
— Perdemos a aula..
— Ah.. por quê não vai pra aula? - Ela se senta.
— Preferi ficar pra te ajudar. - Ele coloca a bandeja no colo de Luísa.
— Uuuh. - Ela umedece os lábios quando encara aquela bandeja de café da manhã apetitosa. Continha um suco de laranja e um sanduíche natural. — Parece uma delícia. - Ela pega um guardanapo e segura o sanduíche.
— Eu que fiz.. ainda estou aprendendo a cozinhar. - Ele coça a nuca.
— Hmm isso está uma delícia! - Ela lambe os dedos. — Pare com isso!
— Isso o quê?
— Você cozinha bem desde pequeno! Eu lembro quando assou cookies para mim e Durval. - Ele sorri.
— É.. até ficou bom.
— Vá para a aula. - Ela bebe um pouco de suco. — não quero que se prejudique por minha causa.
— Não vou me prejudicar, fique tranquila. - Ele sorri e acaricia o rosto de Luísa. — O quê é isso no seu braço
— An?
— Deixe-me ver. - Ele dobra as mangas da camisa e nota hematomas em seu pulso. Ele coloca uma pomada nos pequenos hematomas.
— Não vá se irritar por isso. - Murmura. — Aquele aluno da turma 230.. - Ela o encara quando percebe que falou demais.
— Não vou. - Ele volta a encara-la e sorri de lado. — Aproveite o lanche. - ele coloca sua mão no topo da cabeça de Luísa. — Se precisar de algo me ligue.
Ele veste seu suéter e pega sua mochila, pega suas chaves do bolso e vai em direção a porta.
— Aonde vai?
— Irei resolver umas pendências da feira de ciências, não vá a escola. Ainda não está disposta. - Ele sai do dormitório e o tranca, mas deixa uma chave reserva com Luísa.
Cézar caminha até a escola. Coloca seus pertences em um armário e se dirige até os corredores. Ficando de frente a sala 230. Ele bate na porta.
— Pode entrar! - Fala a professora.
— Com licença senhorita Brandão. - Ele entra na sala e percorre seu olhar por toda a sala, parando em um garoto alto de cabelos loiros. Lendo o broche em sua roupa que continha seu nome.— Fiquei encarregado de auxiliar o aluno Bernardo para a reciclagem.
— Ah sim! Bernardo, por favor. - o garoto se levanta e vai até Cézar.
— Finalmente. - Ele estrala os dedos. — Não vou ter que ouvir essa merda de aula. - Ele caminha para fora com as mãos no bolso.
— Obrigada Senhorita Brandão. - Ele sorri e ela retribui o sorriso.
— Cara.. você me salvou. - Eles caminham até o quartinho de limpeza para pegar os equipamentos
— É né.. - O olhar de Cézar escureceu.
— Sim, fiquei até tarde naquela festa na praia. - Ele boceja. — você foi para a festa? - Diz ainda de costas para Cézar.
— Não, fiquei estudando.
— Ah. - ele revira os olhos. — Que novidade.
— Mas sabe quem foi? Uma amiga.
— É mesmo? Quem?
— Luísa D'Avilla. - Fala cerrando os dentes, Bernardo logo arregala os olhos e se vira de frente a ele.
— O quê?
— Pois é. - Ele se vira e tranca o quartinho de limpeza.
— Por quê está trancando?
— an?
— POR QUÊ ESTÁ TRANCANDO O QUARTO PORRA? - Ele tenta sair mas Cezar o impede.
— Quase ninguém entra aqui, então vão demorar encontrar você.
— Oquê? Para de falar merda seu filho da puta. - Ele recua para trás até bater suas costas na parede. — SAI DE PERTO DE MIM.
— Pode gritar o quanto quiser. Ninguém irá te ouvir. - Ele se aproxima de Bernardo e o segura pelo colarinho da blusa.
— ME LARGA PORRA!
— Foi isso que a Luísa te pediu. - Ele serra os olhos em direção ao garoto. — MAS VOCÊ NÃO FEZ ISSO SEU DESGRAÇADO. - Ele bate sua testa contra a de Bernardo.
— Eu não tenho culpa de ela ser uma baita de uma gostosa. - Ele sorri sarcástico.
Cézar dá um soco cruzado no garoto, o fazendo cambalear para trás. A visão do garoto fica embaçada aos poucos.
(.....)
Cézar sai do quartinho de limpeza e o tranca, vai em direção ao banheiro masculino e lava suas mãos cobertas por sangue. Lava a pia sem deixar qualquer rastro e resolve ir para a enfermaria, ele danificou muito seu punho.
— O quê aconteceu garoto? - Diz a enfermeira enfaixando o punho de Cézar com uma gaze.
— Nada demais dona Rita. - Ele sorri sem graça e coça a nuca. — Estava estudando mas acabei me alterando e soquei a mesa.
— Controle sua raiva da próxima vez! - Ela amarra faixa. — Passe água oxigenada nas feridas quando voltar para o dormitório.
— Ah sim.. - Ele sorri. — Não se preocupe. - Cézar sai de cima da cama e vai em direção a seu dormitório. Mas não encontrou Luísa lá, apenas um elástico de cabelo deixado lá propositalmente pela garota. Em cima estava um bilhete.
" obrigada por tudo Cézar, mas
Precisei ir embora, por favor
Não se meta em brigas! Agora
Sua camisa é minha! Muito
Confortável, Obrigada."Cézar sorri ao ler o bilhete e coloca o elastico de seu cabelo em seu pulso. O usando como uma espécie de " pulseira".
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
FanfictionLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.