Cézar aos poucos abre seus olhos. E põe as costas de sua mão em cima dos olhos para evitar os raios de sol que batiam contra sua pele. Ele se senta na cama e chacoalha a cabeça se despertando por completo, ele analisa todo o cômodo aonde estava e.. não era o hospital, ele retira as cobertas que o cobriam e põe o pé direito no chão. Segundos depois o garoto aterrissa contra o chão de madeira, fazendo alguns objetos do quarto tremerem.
— Ahh... - Ele resmunga e massageia a perna engessada. — que droga..
Logo a porta se abre, revelando a expressão preocupada de Luísa, os olhos verdes estavam arregalados e sua pele pálida ganha um lindo tom de rosado ao vê-lo.
— CÉZAR! - Luísa corre em direção ao menino estirado no chão. — Se machucou? - Ela o ajuda a se sentar na cama.
— Sim. - Ele sorri sem graça. — Obrigado Luísa. - Ele faz um carinho em suas bochechas.
— Irei trazer seu café da manhã.
— Não precisa lui-
— Cézar! - O repreende. — Você fique aí! - ela sai do cômodo e vai até a cozinha.
Em poucos minutos ela volta com uma bandeja de café da manhã, a coloca no colo de Cézar e se senta na beira da cama com um olhar repreensivo. Cézar já sabia que ela iria começar a brigar.
— Você é idiota garoto? - Cézar bebe um pouco de suco de laranja. — O quê você tem na cabeça pra ficar brigando por ai? Ainda mais com essa perna machucada seu tonto! - Ele morde o interior da bochecha e a responde enquanto corta o omelete.
— Sincerente. - Ele leva um pedaço de omelete até a boca. Luisa mordia os lábios esperando ele terminar de mastigar. — Não tem que se preocupar com coisas tão bestas, e.. - ele continua. — Sem querer me gabar, mas eu deixei todos estirados no chão. - ele volta a beber o suco.
— Você é um louco isso sim! Aliás.. - ela pega um morango que estava na bandeja de Cézar. — Qual foi o motivo da briga? - Cézar concerta sua postura e a encara sério.
— Xingaram você. - Diz quase que em um sussurro.
— O quê? Só por isso?
— Só? Está de brincadeira né? Logo você que sempre liga pra opinião da pessoas. - ele murmura.
— Ei! Eu não ligo... Só.. aí Cézar! - Ela revira os olhos. — Acontece que você não pode dar um de protetor e sair batendo em todo mundo que fala mal de mim! Você pode se machucar.
— Tá.. - Ele suspira. — Desculpe.
— Está tudo bem, só não volte a fazer isso. — Repreende.
Cézar assente com a cabeça e ergue a cabeça para ver Manoel passar pela porta com uma barra de chocolate
— Bom dia! - Diz animado e se senta ao lado de Cézar. — Dormiu bem?
— Dormi sim senhor. - Ele sorri.
— Papai, o senhor acredita que ele voltou a brigar? - Cézar franze o cenho e a encara como se quisesse dizer " Não era pra você ter falado".
— É mesmo? - Ele encara Cézar e arqueia uma das sobrancelhas. — Ganhou? - Luísa arregala os olhos e encara o pai raivosa. Cézar vira a cabeça para trás e solta uma gargalhada gostosa.
— PAI!
— O quê é? Ah... Luísa, na idade dele eu fazia o mesmo, e sempre ganhava. - Ele sorri orgulhoso.
— Pelo o quê o senhor está vendo ele está todo machucado.
— Não faz mal. - Ele acaricia os cabelos loiros do menino. — Agora.. fala sério, ganhou? - Sussurra.
— Ganhei sim senhor. - Ele sussurra de volta.
— Aí sim garoto! - Ele dá um tapinha no ombro de Cézar. — Luísa minha filha.
— Ah, lá vem. - Ela revira os olhos. — Fala papai.
— Vá buscar uma água para Cézar, e leve essa bandeja.
— Tá. - Ela pega a bandeja e sai do quarto. - Manoel a espera desaparecer pelo corredor e volta a encarar Cézar.
— Tome, coma um pedaço e o esconda de Luísa. - Ele entrega o chocolate para Cézar. O garoto o encara de olhos arregalados.
— Não... Não! - Ele encara o homem apavorado.
— Não o quê? Não gosta de chocolate? - Ele franze o cenho.
— Não é isso. - Ele brinca com o nó dos dedos. — É que.. a Luísa disse que...
— Aquela pirralha não manda em você. - Cézar arregala os olhos.
— Ela as vezes acha que pode fazer a minha cabeça, pode uma coisa dessas? Ela é muito mandona, igual a mãe dela na adolescência. - Cézar encara Manoel apavorado enquanto mexia a cabeça freneticamente em sinal de negação. — Que foi?
— Mandona é? - A voz feminina surge no cômodo fazendo Manoel sobre saltar da cama.
— Filha. - um sorriso amarelo surge no rosto do mais velho.
— Vem Cézar, meu pai é o terror das nutricionistas. - Ela ajuda o menino a se levantar, o guiando até sua sala e o obrigando a assistir todos os filmes de jogos vorazes. O que resultou em ele dormir nos primeiros vinte minutos do primeiro filme por conta dos remédios fortes que estava tomando.
— Nem aproveitou o filme. - Eka sussurra enquanto acariciava os cabelos loiros do menino.
Luísa deposita um beijo estalado nas bochechas rosadas do garoto e o cobre com um edredom. Ela levanta a vista e se depara com Manoel apoiado no corrimão da escada.
— Que susto pai!
— Admita logo garota tola! - Luisa franze o cenho.
— Quê?
— Admita que gosta do garoto, você não me engana mocinha. - Luísa arregala os olhos e sente suas bochechas corarem.
— Pa-pare com isso! Ele é meu melhor amigo, somente isso!
— Ahan.. sei. - Ele coça a barba. — Tudo bem lulu, irei trabalhar, enquanto isso cuide do seu.. cru.. crash.. Crush! Cuide dele enquanto estiver fora.
— Não me chama assim!
— Bom dia lulu! - Ele pega sua pasta e sai pela porta da mansão.
Luísa revira os olhos e passa o dia cuidado do garoto, apesar da relutância ele aceitou ser cuidado e tomar sua medicação corretamente.
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
FanfictionLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.