Três dias depois
Cézar aos poucos é despertado por um dos policiais que o chacoalhava brutalmente.
— Hmm. - Ele resmunga de acostumando com a claridade.
— Acorda muleque! Você tem visita.
— Visita? - Cézar se senta na cama. —Quem?
— Não sei, vai querer ver ou não?
— Vou! Claro que vou. - Ele levanta da cama e caminha até a área de visita com dificuldade, seu pé havia torcido e a dor estava insuportável.
A expressão cabisbaixa do garoto logo muda quando seu olhar se encontra com o par de olhos verdes marejados e intensos de Luísa.
— Cézar! - Luísa corre para os braços de Cézar que cambaleia para trás mas faz um esforço para segura-la.
— Ah Luísa.. - Ele acaricia os cabelos loiros da menina. — Eu estava com tanta... tanta saudade. - Ele deixa suas lágrimas cairem, ele abafa seu choro no ombro de Luísa enquanto a abraçava fortemente.
— O quê fizeram com você? - Ela desvelhencia do abraço dele e acaricia o rosto do garoto coberto por hematomas.
— Não é nada com que precise se preocupar... - Ele franze as sombrancelhas quando vê a garota desabando a sua frente. — Não precisa chorar Luísa.. - Ele enxuga as lágrimas dela com o polegar.
— Como não? - Ela esbraveja. — Eu vou matar aqueles filhos da puta que fizeram isso com você!
Logo o rosto do menino ganha uma feição carinhosa, ele segura os ombros de Luísa a fazendo se acalmar somente com seu toque.
— Escute.. - Ela baixinho. — Em breve sairei.. - Ele sorri. — Poderia me esperar até eu sair?
Os olhos esverdeados da menina brilham, suas bochechas ganharam um tom suave de rosa.
— Sempre. - fala em um tom embargado.
— Eu te amo tanto Luísa. - Novamente lágrimas escorrem por seu maxilar.
Luisa arregala os olhos com a declaração repentina, mas logo seu rosto ganha um lindo sorriso, acompanhado de algumas lágrimas.
— Eu te amo Cézar.. - Seu tom choroso era adorável, ele a envolve em seus braços fortes, ela percebe hematomas por suas pernas, pescoço, rosto e braços. A garota sente seu sangue ferver e aperta a camisa na qual Cézar estava usando.
— Eu vou te tirar daqui... - Ela envolve o pescoço dele com seus braços, com todo cuidado para não machuca-lo.
— Você anda comendo bem? A cama é macia? Quer dizer.. eu acho que não mas.. Cézar eu vou matar quem bateu em você. - Fala rapidamente e em um tom raivoso.
O garoto sorri e acaricia as bochechas rosadas da menina.
— Ei.. - Fala mansamente. — Eu estou bem, não tem com oquê se preocupar.. - Ele deposita um beijo na bochecha de Luísa. — E.. não está doendo tanto. - Fala brincalhão.
— Você não sabe mentir! Olha seu rosto. - Ela coloca a mão na boca.
— Eu já disse que eu estou bem. - Ele pincela o nariz de Luísa com o dedo indicador, fazendo aquela região corar. — Não se preocupe atoa meu bem. - Ele dá um beijo estalado na outra bochecha dela.
Ela entrelaça seus dedos com o dele, o trazendo mais perto de si, seus corações batiam aceleradamente, as mãos de Cézar estava ficando escorregadia por conta do nervosismo. É então que eles são tirados do transe por um policial.
— Vamos, acabou o horário de visita.
— Só um minuto..
— NÃO! Tá surdo muleque? - O polícial pega na nuca de Cézar, o fazendo retornar para a área de dentro do reformatório.
— Desgraçado. - Resmunga Luísa.
(.....)
Todos estavam no refeitório, Cézar optou por almoçar sozinho, não confiava em ninguém que estava ali.
Ele arregala os olhos quando é atingido por uma maçã mordida.— Eai loirinho! - O garoto de cabelos platinados bate na nuca de Cézar. — Está feliz depois da visita não?
Cézar revira os olhos e volta a comer.
— Não soube? Ele recebeu a visita da namoradinha.
— Ah.. - Vicente estapeia a própria testa. — Eu lembro! Bonita garota. - Cézar sente seu sangue ferver.
— E ainda é de familia.
— Luísa.. é esse o nome dela, ela é novinha, mas é uma gostosa! - Ele gargalha, Cézar respira fundo e serra os punhos.
— Aposto que é virgem, por quê na hora que ela vier aqui o Cezar não divide com a gente? Divide o lanche rapaz! - O garoto é acertado por um soco em seu maxilar, fazendo ele cambalear para trás.
— O quê.. - Seus olhos arregalam ao ver Cézar indo pra cima de si. Ele quebra a bandeja de comida na cabeça do garoto, fazendo ele cair no chão e levar Cézar junto com ele.
O garoto fica por cima de Vicente distribuindo socos com uma força que desconhecia.
— ME LARGA PORRA! - o garoto se debatia debaixo de Cezar.
— SEU MALDITO! - Os punhos de Cezar começaram a ficar feridos.
Dois guardas seguraram os braços de Cézar, intervindo na briga, o garoto estava com sangue nos olhos, seu olhos fulminantes e raivosos ainda penetravam o garoto, sua respiração estava acelerada, era como se seu coração estivesse a ponto de saltar pela boca.
— VOCÊ TÁ LOUCO GAROTO? - Um dos guardas puxa o cabelos de Cézar, fazendo o garoto virar a cabeça para trás bruscamente. — Sabe que por essa ação irá resulta em punição né?
Cézar assente com a cabeça e é encaminhado para outro quarto, para empedir de ter brigas.
Ele fez ações voluntárias, isso fez com quê sua pena diminuisse para 4 meses, mas com os advogados de Emanuel ele não duraria nem 2 semanas lá. Por sorte...
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
FanfictionLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.