Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto

Capítulo 25

" Obrigado por ter a paciência de ler a minha carta minha pequena, há uma hora dessas deve estar chorando ou feliz.. não faço a mínima idéia, mas saiba que as decisões que eu tomei foram pensadas apenas para o seu bem e da sua família, não quero ser um peso para seu pai e muito menos para você, fui um covarde por ter feito isso tão de repente.. mas acredite, também foi difícil para mim. Talvez nos veremos só daqui 10 anos.. isso se eu voltar para o país. Sei que nessa altura você esteja desgostosa de mim ou.. até me odiando, mas te peço apenas duas coisas.. a primeira, me perdoe, sei que é difícil mas não quero carregar mais um fardo e saber que você ainda está magoada comigo. E segundo.. Luísa, se você se apaixonar por alguém novamente.. por favor, que seja por mim. Você sempre será minha pessoa favorita minha pequena. Deixei um pequeno girassol em sua cama, sei que é sua flor favorita e agora eu entendo o motivo, você brilha como um, por favor, não perca esse brilho e a alegria que passa para os outros, eu te amo, Luísa.

Ass: Cézar.

Luisa range os dentes enquanto lia a carta que estava em cima de sua cama e a joga na lareira que há tempos queimava para manter sua casa aquecida. Pegando o girassol e logo em seguida caindo de joelhos no chão ela chora desesperadamente enquanto puxava seus cabelos loiros.

- Luisa! - Manoel adentra o quarto e se agacha para abraçar a filha. - Não fique assim meu amor. - Ele acaricia seus cabelos.

- Eu nunca deveria ter me aproximado dele. - Diz entre dentes enquanto segurava firmemente o tecido da blusa do pai. - Como ele pôde.. COMO ELE PODE SER TÃO FRIO?

- Luísa.. se acalme...

- COMO? Ele jogou meu coração no lixo.. o descartou como se não valesse nada.

- Na carta dizia que..

- E o senhor confia nele? - Ela o interrompe. - Ele.. ele.. - Ela volta a chorar enquanto Manoel a consolava em seus braços

— Calma filha.. — Ele acaricia seus cabelos loiros.

Cambridge 2:30 pm

Depois de um vôo cansativo o avião finalmente pousa na pista, Cézar sai de lá e vai comer algo no aeroporto. Enquanto se sentava em uma cadeira ele tira tempo para ver suas mensagens, ele olha o história de ligações e.. putz.. 10 chamadas perdidas do Sérgio. Ele retorna.

— Alô? Cézar! Finalmente! — Ele suspira aliviado. — Aonde você está? Já estava preocupado.

— Cambridge.

— Ah sim.. certo.. — Ele arregala os olhos. — CAMBRIDGE? mas o quê..

— Também foi uma surpresa pra mim.. estou jantando agora no aeroporto, confesso que eu estou cansado.

— Tudo bem.. o quê raios você foi fazer EM CAMBRIDGE?

— Longa história.. mas resumindo, Harvard mandou uma carta de aprovação, estou indo pra lá em poucas horas.

— HARVARD? Tipo.. A UNIVERSIDADE DE HARVARD? — Cézar cerra os dentes e afasta um pouco o celular da orelha.

— Sabia que você é muito escandaloso?

— Essa universidade é o sonho de qualquer um! Parabéns cara!

— É.. eu acho que sim. — Ele observa a garçonete servir seu prato de macarronada. — Vou comer.. outra hora eu te ligo.