— Pode entrar! - A professora abre a porta para Cézar.
— Obrigado. - Diz entrando na casa.
— pode se sentar na mesa. - Ela sorri. — Vou buscar algo para nós.
Cézar assente com a cabeça, se senta na cadeira e retira alguns materiais de sua mochila como estojo, caderno e uma cartela de remédios. Depois da morte do pai, Cézar começou a tomar remédio controlado.
Ele põe o remédio na boca e o engole com a ajuda com o resto de água de sua garrafa. Logo a professora chega com uma tábua de queijos, uma garrafa de vinho barata e duas taças.
— Ah.. desculpa mas não bebo. - Ele espalma as mãos em direção a ela.
— Oh Cézar. - A professora ri com escárnio. — não precisa mentir para mim. - Ela despeja o vinho na taça. — Não vou te achar menos inteligente por causa de uma bebida.
— Eu realmente não bebo. - Diz Sério. O tom de voz grosso assusta a professora.
Cézar mantém sua atenção nos livros, abre em uma matéria de química e tenta de concentrar.
— Ah não! - Ela fecha o caderno de Cézar. — Vai estudar na minha companhia? - Ela bebe o vinho sensualmente.
— Não estou entendendo professora. - Ele se levanta da cadeira bruscamente e bate as palmas da mão contra a mesa. — Vim aqui para ter aulas de reforço, mesmo avisando que não preciso de ajuda.
— Ahh Cézar. - Ela segura no queixo dele. — Você fica tão bonito quando está com raiva.
Cézar se afasta bruscamente.
— Acho melhor eu voltar pra casa. - Ele olha no relógio. 18:30. — Está tarde. - Cézar coloca seus materiais na mochila rapidamente.
— Vai me deixar sozinha quando preparei tudo isso para nós?
— Me desculpe, eu sou vegano. - mente e espreme os olhos. — Com licença.
Ele pega na maçaneta para abrir mas está trancada, o garoto encara a professora que está com um sorriso atrevido nos lábios.
— Me deixe sair. - Ele serra os punhos.
— Calma fujão! - Ela se aproxima dele. — Nem nos divertimos.
— Que droga. - Ele desvia da professora e vai em direção a janela.
Quando ela percebe que não trancou as janelas arregala os olhos e trinca os dentes.
— POR QUÊ ESTÁ FAZENDO ISSO! - Ela grita enquanto lágrimas falsas escorrem pelo seu rosto.
— O quê?
— ME LARGA! ME LARGA!
— Você é louca..
— SEU ABUSADOR! POLÍCIA! - Ela grita e começa se machucar com as próprias mãos.
Cézar rapidamente pula a janela e corre desesperadamente até seu dormitório, quando chega até a porta seus sapatos deslizam e ele alcança a maçaneta, logo abrindo a porta e praticamente se tacando dentro do cômodo.
Sergio que estava no andar de cima ouve a pancada e rapidamente desce as escadas.
— Que isso Cézar? - Ele ajuda o menino a se levantar.
— A.. a professora.. - Suas mãos tremiam e sua pele transpirava excessivamente.
— Que professora cara? - Ele segura o garoto ao perceber suas pernas bambas.
— A senhorita Bitencourt..
— O quê tem?
— Ela... me chamou pra ir na casa dela, não percebi as segundas intenções dela e.. - lágrimas começam a escorrer por seu rosto. — QUE DROGA!
— Já haviam rumores que aquela mulher era louca.. ela tentou algo?
— Tentou, mas eu fugi a tempo. - ele suspira. — Sergio, ela é louca.
— Dá pra perceber né?
— Ela se arranhou e começou a gritar... foi.. foi perturbador.
— Cézar. - Sérgio arregala os olhos.
— O quê foi? Cê tá pálido.
Ouve-se a sirene da polícia, e logo alguém bate na porta, Sérgio abre e um polícial aparece mostrando seu distintivo.
— Cézar pendlenton, mora aqui? - a voz grossa do homem faz Sérgio se arrepiar.
— Mo-mo-mora sim senhor. - Ele se afasta e Cézar fica na visão do policial.
— Me acompanhe muleque.
— O quê? - Sergio encara Cézar. — O quê ele fez?
— Tentativa de estupro e tentativa de feminicídio- Cézar dá um passo para trás, sente-se se sufocar.
— O quê? - Sérgio ri de nervosismo. — Está enganado.
— Não é o quê a vítima disse.
— Não,não. - Ele nega com os dedos. — O Cézar nunca faria isso.
— Não temos tempo, ele vai por bem ou por mau, e se tentar impedir você será acusado como cúmplice!
Cézar caminha até Sérgio, ele encara o amigo. Seu olhar marejado implorava por ajuda, mas nada poderia ser feito.
— Me desculpa Cézar.. - Sérgio abafa seu choro contra a jaqueta que Cézar usava.
— Não tente impedir. - Ele segura o rosto de Sérgio e o encara fixamente. — Avise Luísa sobre tudo, por favor.
Sérgio assente com a cabeça, o policial segura firmemente o braço do garoto, fazendo ele cambalear para trás.
— Ele não é maior de idade senhor!
— Avise os pais do garoto, por não ser maior de idade ele irá para o reformatório.
— O QUÊ? - Sérgio encara o garoto de olhos claros desesperado. Cézar apenas nega com a cabeça.
— Senhor. - Ele vai até o policial. — Ele perdeu os pais. - Ele sussurra.
— Então nada poderá ser feito. - Ele serra os olhos em direção a Cézar. — Vamos muleque. - O homem de braços fortes arrasta o garoto para fora do dormitório.
As pessoas que passavam nas ruas ficaram assustadas ao ver o garoto sendo arrastado daquela maneira. Cézar foi transferido para um reformatório, mal ele sabia que a vida dele viraria um verdadeiro inferno na terra.
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
FanfictionLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.