Capítulo 18

114 20 27
                                    

- Oh senhor Manoel. - Cézar resmunga. - Não precisa dar comida na minha boca, já tenho quase 17 anos!

- Como irá se alimentar com um braço enfaixado? - Ele coloca um pouco de sopa na colher. - Se alimente ou irá ficar com anemia! - Cézar toma a sopa fazendo uma careta fazendo com quê Manoel soltasse uma risada alta.

- Comida de hospital não é das melhores né? - Diz risonho.

- Na verdade isso aqui é horrível. - ele franze as sombrancelhas e bota a língua para fora.

- Hmm. -Ele coloca o prato de sopa do lado de um criado mudo. - Ainda está com fome? - Cézar assente com a cabeça. - Irei comprar comida de verdade pra você, só um minuto.

- Mas senhor Manoel.. o médico disse que..

- O médico não precisa ficar sabendo, não é? - Eles fazem uma troca de olhares cúmplices. Cézar morde os lábios para não rir quando a enfermeira chega de surpresa e o mais velho se assusta.

[...]

Manoel chega em passos leves, fecha a porta do quarto aonde Cézar estava e lhe entrega uma marmita.

- Aqui garoto. - Ele entrega para Cézar e olha para os lados se certificando que estavam a sós.

- Obrigado senhor. - Ele abre a marmita e arregala os olhos com tanta variedade de comida. - Eu não vou conseguir comer isso tudo não.

- Não faz mal. - Ele acaricia os cabelos de Cézar. - Coma rapidamente, antes que aquela enfermeira chata venha nos perturbar. - Ele revira os olhos e Cézar solta uma gargalhada gostosa.

Ao contrário que ele achava, Cézar só faltou devorar o isopor da marmita. Há tempos que não comia uma comida quente e gostosa.

[...]

Luisa caminha por seu quarto de uma lado para o outro aflita, ela ligou para o reformatório tentando falar com Cézar, mas disseram que ele já tinha saído.

- Onde raios esse garoto está? - Ela arregala os olhos e dá um passo para trás quando vê Sérgio entrar pela sua janela e cair em seu chão.

- Ai! - Ele põe a mão nas costas. - Minha coluna. - Resmunga.

- Sérgio do céu. - Ela ajuda o garoto a se levantar. - Como achou a minha casa?

- Isso não vem ao caso. - Ele tenta recuperar o fôlego. - Soube que o Cezar foi liberado há um dia atrás?

- Sim.. mas não sei aonde ele está.

- Cadê seu pai? Ele deve estar preocupado.

- Ele não aparece desde... - Ela encara Sérgio. - Ontem... Sérgio!

- Ahh. - Ele encara o teto. - Eu sabia! Ele e o Cezar foram sequestrados pelo governo dos Estados Unidos e..

- Não bobão! - Ela tá um tapinha na cabeça de Sérgio. - Ele e meu pai devem estar em algum lugar juntos.. por quê ele não me avisou?

- E eu lá vou saber? - Ele põe as mãos na cintura.

Logo eles se assustam com outro barulho na janela.

- Joana pelo amor de Deus, me ajuda aqui menina! - Joana entra no quarto de Luísa e segura a mão da amiga, a jogando para dentro do quarto e caindo no chão junto com Cláudia. - Ai!

- Meu quarto virou um circo? Só aparece palhaço aqui. - Luísa põe as mãos na cintura enquanto encara as amigas no chão.

- Olha aqui! - Cláudia se levanta. - Viemos dar uma notícia do seu namorado, mas se você não quer a gente aqui é melhor irmos.

Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora