— Então Cézar. Pronto para a feira de ciências? - Ela pergunta animada carregando consigo cinco livros em seus mãos. Além da mochila de couro em suas costas.
— Estou. Acho que irei me sair bem! - Diz animado.
— Não quer passar lá em casa? - Um belo sorriso surge nos lábios vermelhos de Luísa deixando.
Otto olha em seu relógio e.. 16:50? Era tão tarde assim? Logo ele encara Luísa. Os olhos verdes e intensos da menina estavam com um brilho misterioso. Ela arqueia a sombrancelha ao ver o garoto cabisbaixo.
— O quê foi? - Ela se aproxima dele.
— Preciso estar em casa 17:00 h não poderei ir. Infelizmente. - Ele guarda seu material escolar na mochila.
— Alguns minutos de atraso não faz mal! - Ela sorri sapeca. — O tio Richard é muito legal. Tenho certeza que ele não irá se importar.
Cézar a olha receoso. Ela não o conhecia, não o suficiente.
— Realmente não poderei ir. Me desculpe.
— Tudo bem, pode me acompanhar até em casa?
Cézar a olha desconfiado. O caminho até sua casa não era longe. Mas o tempo era seu pior inimigo.
— Tudo bem... mas não vamos demorar muito. Okay?
— Tudo bem! - Diz com um sorriso em seus lábios. — Vamos. - Ela pega em sua mão e caminha até sua casa.
Em poucos minutos eles estão na casa da D'Ávila. Cézar se despede dela e caminha o mais rápido possível até sua casa. Parado em frente a enorme mansão ele verifica o horário em seu relógio.
— Cinco minutos atrasado. - Ele suspira fundo e ergue a mão até a maçaneta para abri-la mas sente uma onda elétrica passando por seu corpo. Fazendo o menino de arrepiar dos pés a cabeça. Ele arregala os olhos e se afasta bruscamente de perto da porta. Tropeçando nos cadarços desamarrados e caindo no chão. Seu coração palpitava fortemente. Ele leva sua mão até o peito. O apertando.
Ele respira fundo. Se coloca de pé e amarra os cadarços. Logo dirigindo seu olhar a porta. Ele caminha até ela. Segura seu pulso firmemente com a mão disponível e abre a porta.
As pernas do garoto ficaram bambas. Os olhos claros do menino se arregalaram e um frio percorre sua espinha dorsal.
Richard se encontrava desmaiado no meio de sua sala. Seu equipamentos como luvas e óculos de proteção estavam espalhados no chão. A radioatividade tomava conta do local. Mais uma experiência que falhou. Cézar nem teve tempo de pensar. Seu extinto fala mais alto e ele sai da casa. Fechando rapidamente a porta fazendo a maçaneta cair no chão.
— SENHOR MANOEL! - O garoto corre desesperadamente até a mansão D'Ávila.
— SENHOR MANOEL! POR FAVOR! - Ele bate desesperadamente na porta.
Enquanto caia lágrimas pesadas em seus rosto. — SENHOR MANOEL!— O Quê foi garoto? - O mais velho abre a porta.
— Meu... meu pai. - Ele suspira. — Ele desmaiou denovo. - fala soluçando.
— Calma garoto! Eu irei chamar a emergência. - Diz indo até dentro de casa e indo até o telefone com fio.
Com um gesto com a mão ele chama Cézar para entrar. Ele entra na grande mansão tímido e fica ao lado de Manoel.
— Eles estão a caminho. - desliga. — Tudo ficará bem! - Diz com um sorriso no rosto enquanto acariciava os fios loiros de cabelo do menino.
— Não pude entrar... o ar estava tóxico e..
— Não precisa fica preocupado! - Ele tinha uma expressão gentil em seu rosto.
— Eu... se eu não tivesse atrasado aqueles malditos cinco minutos! - Ele bate no próprio rosto. Manoel segura em seu punho em o encara.
— Chega! Pare de se culpar você é apenas um garoto! Você entendeu?
Cézar assente com a cabeça e enxuga suas lágrimas.
— Vai até o quarto de Luísa. Você não vai querer ver seu pai sendo carregado em uma maca. Não é?
— Não.. - Ele suspira. — Aonde é?
— Segue reto o corredor terceira porta a direita. - Cézar assente com a cabeça a caminha até lá.
A informação de Richard ser um louco por suas invenções todo mundo sabia. Mas isso se tornou uma obsessão. Por conta da alta quantidade de radioatividade Richard acaba desmaiando frequentemente. Cézar sempre queria conhecer o laboratório do pai. Mas ele impedia. Então nunca o viu.
Só alguns barulhos assustadores que ouvia de lá. Os boatos que Richard fazia experimentos com o próprio filho se espalhavam pela cidade. Isso foi motivo de chacota. Cézar sempre ouvia esses comentários maldosos mas optava ficar calado. Já Luísa...Ah.. aquela garota. Uma vez Radassa do sexto ano estava fazendo comentários maldosos com o garoto. Óbvio que Cezar nunca levantaria a mão para uma garota. Sabendo disso Luísa com ajuda de Cláudia do sétimo ano tacaram um pequeno rato de estimação que Davi criava. Assustando a garota e dando o troco no irmão de Cláudia. Que havia pisoteado suas bonecas.
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Meu Querido colega de classe 🌻|°• luotto
FanfictionLuisa e Otto tinha um vínculo muito forte desde o ensino fundamental. o quê sera que a vida adulta e o futuro os aguarda.