O destino

24. Sozinho

Pov. Eliza
Além das compras eu aproveitei para ir ao salão, retoquei a raiz e aparei as pontas, deixando meu cabelo mais ondulado e loiro, do jeito que eu gostava.

A Meliah amava meu cabelo e eu adorava agradá-la.

Contava para Gabriela o quanto esse um ano com Meliah tem sido um sonho a qual eu estava quase desistindo. Ela se divertia toda vez que eu contava sobre a academia.

Eu estava matando ela de sede, de tanto que eu secava ela em todos os treinos. Trocávamos sempre boa noite ou boa tarde, a primeira vez que conversamos foi quando eu quase morri tentando levantar uma anilha enorme e quase caia no meu pé, ela acabou me ajudando e acabamos conversando metade do treino.

Comecei a fingir que não sabia do meu treino e ela praticamente virou minha personal, inclusive os efeitos do treino que ela me passavam existem até hoje.

Eu comecei a levar ela para a aula de dança e em todas as vezes eu me sentia extremamente confortável com ela.

Ela me transmitia uma sensação maravilhosa, foi quando coloquei na minha cabeça que iria conquista-lá. Nos tornamos ótimas amigas e ela abriu seu coração, me confidenciando que precisava se melhorar antes de ter um novo relacionamento.

Eu soube do seu relacionamento passado mas nunca busquei pelo nome dela, até ter que atende-lá como cliente em um caso rápido.

Quando eu comecei a sentir sua falta em SP, começamos a conversar bastante por ligações rápidas, todos os dias eu esperava por sua ligação ou mensagem. Já estava quase mandando cartas por pombo correio, se fosse possível.

Coloquei na cabeça que iria vê-la e fui, não me contive ao beija-lá e afirmar para a mesma que eu iria casar com ela. Mas no momento ela não tinha levado tão a sério.

E aqui estou eu, casada com a mãe dos nossos futuros filhos e a mulher mais linda que eu poderia conhecer. Meus guias não poderiam ter escolhido pessoa melhor, todos os dias me sinto abençoada e grata por isso.

Gabriela:Eu fico muito orgulhosa de vocês. Do quanto ela te admira e por esse sentimento ser mútuo!- apertou minha mão e sorri.

Fiquei receosa quando ela me indicou ligar para a Meliah e ir ficar com ela e os amigos, não quis dizer o motivo mas falou que era bom eu me socializar com eles, já que eles não tinham tanta maturidade assim e eu poderia influenciar coisas boas. Não acreditei muito.

Liguei e ela pediu um momento, estava se afastando do barulho de pessoas e pude escutar o som de alguns carros.

Meliah:Oi, meu amor. Está tudo bem?-Perguntou com uma voz calma.

Eliza: Sim, amor. Queria saber se está tudo bem por aí e se eu poderia passar aí?- pensei se ela quisesse negar ou se eu estivesse sendo invasiva demais.

Meliah:Com meu grupo tudo vira bagunça. Tem certeza que quer vir?- Perguntou em um tom preocupado e cocei a garganta.

Eliza: Estão sendo inconveniente?- Perguntei baixo e pude jurar ver sua cara de indignação.

Meliah: Da próxima vez que disser isso não vai ganhar beijinhos!- Sorri por sua fala e respirei fundo.- Quer que eu vá te buscar? Eu vou em casa pegar o carro e te busco..

Eliza: Não precisa. Eu pego um Uber e a gente vai pra casa juntas. Oque acha?- sugeri e ouvi ela falar um sim enquanto Camila mandava um oi.

Meliah: Qualquer coisa me liga. Cuidado!

Me despedi de Gabriela que iria esperar os meninos e chamei um Uber, não demorou e eu já estava perto do bar, aparentava ser um ambiente agradável.

Olhei para minha roupa em aprovação para ambiente. Usava uma calça moletom branca com um blusa branca e um desenho das minhas mãos com as de Meliah, foi o presente de aniversário que fiz para a mesma. Nos pés tinha uma sandália nuvem e carregava a minha bolsa e na mão somente a aliança.