25. La vien rose

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Pov. Meliah
Fazia uma semana que estávamos aqui, voltei a me aproximar do meu grupo e quase todos os dias acabávamos nos encontrado em algum estabelecimento ou até na rua.

A presença de Analu estava mais viva em mim, bem mais do que eu gostaria, oque me causava um desagrado total. Terrível.

Na noite anterior eu recebi a solicitação de Analu nas minhas redes sociais, tínhamos nos deixado de seguir desde o término e eu não esperava voltar a segui-la tão cedo, por isso não devolvi a solicitação.

Ela me trazia lembranças do passado, pensamentos que me levavam a memórias que não poderiam ser mais vividas, nem eu queria.

Pensava no quanto ela poderia ter mudado aquilo enquanto podia, mas agora estava ali, tentando correr atrás... Já era tarde!

Estava na varanda do quarto e via o nascer do sol em plena quinta-feira, o vento frio me fazia fungar enquanto eu estava apenas de sort e top.

Eliza:Bom dia!- falou rouca em meu ouvido, me trazendo ótimos arrepios.

Seus braços me abraçaram por trás e me senti protegida pela mesma.

Meliah:A minha família acordou bem?- brinquei enquanto acariciava sua mão.

Eliza:Mais o menos.- respondeu e me virei enquanto segurava suas mãos.- Sentimos saudades suas na cama!- fez bico e sorri, lhe abraçando pela cintura.

Meliah:Que não seja por isso!- brinquei enquanto fechava a varando e lhe puxava até a cama.- Dormiu bem?- perguntei ao deitar do seu lado e acariciar seu rosto.

Eliza:Sim, só alguns pesadelos... E você?- me encarou preocupada.

Meliah:Está tudo bem?- perguntei ao me apoiar com o braço ao seu lado e tocar em sua barriga.

Eliza:Sim... Eu só estou enjoada e com preguiça!- falou com calma e assenti.

Meliah:Oque quer que eu faça?- falei ao diminuir o ar depois do quarto ter ficado mais quente.

Eliza:Dorme comigo até a hora do almoço?- sugeriu e assenti rapidamente.

Me agarrei a ela e lhe dei toda minha atenção. Eliza era uma pessoa genuína de coração e alma, seu sorriso era iluminado e sua presença era especial. Suas palavras eram significativas e seus atos eram importantes, era a ela que eu me inspirava e admirava. Ainda mais agora que iria se tornar mãe.

Hoje iríamos falar para mamãe e papai sobre Eliza estar grávida, embora mamãe já tenha suspeitado, mulher sempre é a primeira a desconfiar.

Meliah:Eu amo você!- falei beijando sua cabeça e ela me olhou com calma.

Eliza:Oque?- perguntou um pouco mais alto e colei nossas testas.

Meliah:Eu sei que demoro para falar isso e demonstrar com palavras, mas eu amo você, todos os dias você me ensina a te amar ainda mais!- fui sincera e seus olhos já estavam marejados.

Eliza: Mais do que seus relacionamentos passados?- foi insegura em sua fala e arqueei uma sobrancelha.- Me desculpa...-pediu e neguei rapidamente, beijando sua testa.

Meliah:Eu amo você mais do que todos os relacionamentos anteriores. Amo você e a nossa família!- beijei seus lábios salgados por suas pequenas lágrimas e ela sorriu entre o beijo. - Eu quem deveria chorar!- brinquei e ela sorriu.

Eliza:A grávida sou eu!- falou entre risadas e beijei a ponta do seu nariz.

Meliah:Você está rindo ou está chorando?- falei sem entender e ela fez bico.

Eliza:Os dois!- gargalhou e a segui.

Ela acabou dizendo que sua vontade de dormir passou e resolvi levá-la para caminhar na praça em que eu costumo correr e logo após passaríamos em uma padaria para comer algo mais reforçado e matar sua vontade de comer doce.

Meliah:Pedro e Camila são os mais ansiosos. Tenho certeza que vão ser ótimos tios!- falei empolgada, entrelaçando minha mão a sua.

Eliza:Não duvido... Eu fico encantada com a animação de vocês três no mesmo ambiente!- sorriu e olhei para o desenho da sua linda barriga, estava dando sinais que começava a crescer e sua roupa marcava.

Meliah:Vamos encontrar provavelmente Letícia lá na padoca, ela ama comer por lá!- lembrei dos velhos tempos e ela assentiu.

Caminhamos por silêncio, um momento agradável enquanto eu sorria ao vê-la passar a mao pela barriga.

Várias noites em que escutei sobre seu sonho de ser mãe e que ela já tinha tentado engravidar antes, mas sempre foi difícil. Como ela fazia tratamento a uns três anos para conseguir engravidar, esse ano tivemos a sorte.

Ter perdido a mãe tão nova não era fácil, principalmente por ser culpada pela morte da mãe até alguns anos atrás. Eliza é uma guerreira e não tiro seus direitos...

Enquanto ela tomava sua água de coco na garrafa eu a admirava em silêncio. Seu rosto mais inchado e seu corpo também, não era feio, era os sintomas da gravidez e que particularmente eu achava incrível.

Seu sorriso de uma ponta a outra enquanto falava sobre se seria menino ou menina me fazia viajar na imaginação.

Meliah:Seu cadarço...- falei ao me abaixar na sua frente e olhar para cima.- Você é a mulher mais linda desse mundo!- falei encantada com ela, seus cílios pareciam estar maior e seus olhos verdes mais brilhantes.

Eliza:Toda inchada?- abriu os braços e lhe abracei.

Meliah:Toda gostosa!- falei beijando seu pescoço.

Alessandra:Meliah?- chamou atrás de mim. Franzi a resta ao reconhecer essa voz.

Meliah:Alessandra, quanto tempo!- sorri sem mostrar os dentes e lhe cumprimentei com um abraço rápido.

Ela era amiga de Analu e soube que ainda trabalhavam juntas no curso.

Alessandra:Pois é... Estava a bastante tempo sem notícias suas. Pedro contou que foi morar no Rio e trabalhar por lá, fico feliz que tudo tenha dado certo!- apertou meu ombro e sorriu para Eliza.

Meliah:Sim, foram momentos corridos... Alessandra, essa é minha esposa, Eliza.- apontei para a mesma e Alê levantou as sobrancelhas em surpresa.- Meu amor, essa é Alessandra, uma colega e foi minha professora no antigo curso de idiomas!

Eliza:Foi bom conhecê-la!- apertou sua mão e sorri, lhe puxando para mim com calma.

Alessandra:Que maravilha... Fiquei surpresa e contente por esse grande passo que você deu, casamento é algo sagrado e de grande responsabilidade. Que Deus abençoe vocês!- falou com um grande sorriso no rosto mas sua cara era de surpresa.

Eliza:Amém... Muito obrigada e foi um prazer em conhecê-la!- falou após conversarmos um pouco.

Me despedi e fiquei pensando que ela falaria para Analu, principalmente por ter reparado e desejado felicidades pela barriga de Eliza.

Passamos na padaria e o caminho de volta para casa foi em silêncio, algo parecia incomoda-lá.

Enrico:Oque é isso?- falou enquanto segurava dois sapatinhos na mão, um rosa e o outro azul.

No chá de bebê eu já tinha pensado em colocar outras cores, deixei essas para facilitar a vida dele.

Gabriela:Meus parabéns, filhas... Meu peito não cabe tanta alegria!- nos abraçou e sorri enquanto via papai chorar feito criança.

Papai sendo papai.

Continua...

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