Epílogo

10 4 8
                                    

Narrado por Celina

11 anos depois

-É UMA SEQUÊNCIA! EU BATI!

Uma garotinha grita de satisfação e joga as cartas na minha frente, exibindo uma sequência de números perfeitos.

-Nãaaaaooo! Eu estava tão perto – Emily protesta ao meu lado.

-Bom, eu acredito que eu quem ganhei a partida – Rebato, estendendo o baralho que continha uma sequência maior

-Todas nós vimos você enfeitiçar o baralho, Celina. Não insulte nossa inteligência.

-Ei! Você está do lado de quem?!

-Nesse jogo é cada um por si! -Ela comenta, estendendo os biscoitos com cobertura de glacê para a vencedora como prêmio. As outras crianças da roda imitam o gesto, mesmo que sob protestos.

-Eu não acredito nisso! – Valentim retorna ao jardim, com uma bandeja com chá gelado e copos decorados -Meninas, o que eu falei sobre ensinarem jogos de azar para as crianças?!

-Acredite, Valentim- Valquíria grunhe- Estamos profundamente arrependidas por termos ensinado elas a jogarem cartas. Perdemos todas as rodadas!

Um barulho de trovão corta o silêncio, e nos viramos, assustados.

-MURIEL!

Valquíria se levanta e corre em direção a garotinha próxima ao jardim, que havia acabado de criar uma nuvem de tempestade sobre a própria cabeça.

-Já te falei que feitiços para controlar o tempo são para bruxas no nível 8 de magia! Você ainda é o 5!!

-Mas mamãe! – Ela pragueja, enquanto uma nuvem chuvosa encharca seu vestido.

Val revira os olhos e espanta a nuvem com um aceno da mão, e em seguida traz a filha para perto de si na roda de cartas

-Isso deve ter sido influência sua, Winky! – Ela aponta para mim- Você quem ensinou isso para ela, não foi?

-Em minha defesa-Ergo as mãos em sinal de rendição – Ela fez aquela carinha fofa! Eu não consegui resistir!

A garota sorri, e Emily aplaude ao meu lado.

-Derrotada por uma criança, Celina.

Faço uma exprssão dramática

-Muita fraqueza, eu sei.

Ela sorri e me da um beijo. As crianças a nossa volta resmungam novamente.

Naquele dia, a Escola de Feitiçaria Juvenil estava completando 10 anos, e todos estavam comemorando. Milhares de jovens do exílio começaram a estudar lá após a aprovação da Lei de Libertação. Val queria garantir que eles tivessem a melhor educação possível quando retornassem a Virdes.

– Agora que um certo estraga prazeres acabou com nosso joguinho – Ela olha para Valentim, que revira os olhos e a puxa para mais perto. Ambos sorriem - Gostaria de saber se alguém tem mais alguma sugestão de brincadeiras de piquenique, porque as minha acabaram!

Todos começam a pensar, até que Muriel corta o silêncio.

-A tia Lin podia contar aquela história dela!

-Denovo? Eu já contei umas...Cem vezes!

-Por favoooorrr!

As outras crianças ao nosso redor concordam animadas, e começam a implorar em unissosso.

-Vocês são impossíveis!

Todos se acomodam em seus lugares, deixando as cartas de poker de lado e esperando que eu começe.

-Bom, se é assim...

Pigarreio

- "Há muito tempo, surgiram as Bruxas, nossas ancestrais. A primeira espécie a habitar esse mundo..."

.

.

.

.

Notas da autora:

E assim, encerasse o nosso segundo e último ciclo de A Ladra de Lumis

Os agradecimentos serão postados no próximo capítulo

A Ladra de Lumis: Sombras do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora