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ERA A SEGUNDA noite seguida que Bucky Barnes dividia a cama com Charlotte Zhang. A segunda noite em que os dois apenas adormeciam nos braços do outro, nada mais e nada menos — nem mesmo um selinho ou uma mão boba.
Ele havia prometido que não sairia do lado dela no dia da audiência, e vinha cumprido sua promessa, deixando Charlie usá-lo como bem quisesse. As migalhas que estava recebendo estavam sendo muito bem-vindas.
Eles estavam dormindo de conchinha, o corpo curvilíneo e macio dela colado ao seu. O seu braço estava debaixo do pescoço dela, enquanto o outro, o de vibranium, estava entre os seios dela, sendo abraçado por Charlotte.
Aqueles dias, tinham sido uma de suas melhores noites de sono. Sem pesadelos, sem suor, sem corpo doendo. Apenas o conforto, a paz; e a maciez do corpo dela, o cheiro dela, o calor dela. Estava amando, e não queria que aquilo acabasse nunca.
O som estridente e irritante ecoou pelo quarto escuro e silencioso. Bucky franziu o cenho, levando a mão até a mesa de cabeceira e pegando o celular que berrava incessantemente. Não fazia ideia que horas deveriam ser, então, ao atender a chamada, ainda de olhos fechados e sentindo Charlotte resmungar, esfregando a bunda contra si, o seu desgosto era notável.
— Que foi?
— Bucky. — A voz tão conhecida por ele soou em seus ouvidos, arrancando-o um grunhido irritado.
— Porra, Samuel — resmungou. — Eu estava dormindo. O que você quer?
— Temos um problema.
Ao ouvir aquelas três palavras, Bucky abriu os olhos, encarando a parede cinza. Ele uniu as sobrancelhas, esperando que Sam desse continuasse, aguardando qual seria o problema que tinham em mãos.
— O que? — perguntou impaciente
— Um corpo — disse. — A polícia e o FBI já estão a caminho do local. Acabei de receber a informação.
— De quem?
— Não sabemos ainda.
Bucky afastou-se de Charlie o suficiente para poder se sentar. Ele apoiou os cotovelos no joelhos e esfregou uma mão no cabelo. Nervoso. Por um breve momento, tinha esquecido do caos em que se encontravam; com roda a onda de crimes e tráficos que acontecia por baixo dos panos e que eles continuavam sem respostas ou pistas. Com esse pensamento, uma pontada de esperança surgiu em seu peito.
— Você acha que tem haver com o Crane?
— Não faço ideia, irmão. — Suspirou. — Estou indo para lá, quer que te busque?
Bucky olhou por sobre os ombros, sentindo o coração aquecer e disparar com a visão maravilhosa de Charlotte enrolada no cobertor. Não queria ir. Queria ficar ali com ela, dormindo pelo resto do dia, agarrado ao corpo dela. Mas o dever o chamava. E, definitivamente, não poderia deixar de acompanhar aquela investigação. Precisava examinar o local do crime e o corpo com mais afinco do que a equipe criminalista.
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✓ Sparks • Bucky Barnes
Fanfiction𝑺𝑷𝑨𝑹𝑲𝑺. ⸻ Aos 26 anos, a vida de Charlotte Zhang não estava indo conforme havia planejado aos dezesseis anos. Solteira, mãe solo, com um emprego instável, sem família e sem teto. Era um pesadelo acontecendo bem diante de deus olhos. E...