34 | dou-lhe uma, dou-lhe duas...

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— DOU-LHE UMA, dou-lhe duas, dou-lhe três. Vendida para o senhor Donald Anderson por duas noites, com tudo liberado — Joshua disse, sorrindo malicioso para Charlotte. — Pode vir buscar sua joia, Anderson.

A mulher engoliu em seco, querendo vomitar sobre todos eles. Foi vendida por nada mais, nada menos que quinhentos e cinquenta mil dólares para um homem baixo, careca e muito mais velho que ela. Quinhentos e cinquenta mil dólares, uma quantia de dinheiro que nunca em toda a sua vida veria o cheiro e a cor. A cada passo que o tal Donald Anderson dava em sua direção, com os olhos brilhando em malícia e um sorriso cheio de dentes amarelados e tortos, Charlie desejou que um milagre acontecesse. Não queria ir embora com aquele homem, não queria ficar a mercê dele por dois dias, sendo forçada a satisfazê-lo. Não queria viver se tivesse que passar por aquele pesadelo.

Ela se mexeu inquieta em seu lugar no palanque, sentindo a ponta da faca de Parker furar a pele de suas costas. E Charlie desejou que afundasse bem fundo até atingir um órgão vital e, que assim, ela morresse. Preferia morrer do que ir embora com aquele homem, preferia morrer do que continuar sob o domínio de Joshua e William.

— Por favor, Parker... Me mate — pediu em um sussurro, olhando-o por sobre os ombros o pai biológico de sua filha. — Me mate... Por favor, me mate!

— Cala a porra da boca, sua puta — disse ele entredentes, levando a mão livre até a cabeça dela e a virando pra frente. Parker empurrou-a para frente, o que fez Charlie tropeçar nos saltos e cair nos braços de Donald Anderson.

— Olá, gracinha! — O homem sorriu malicioso, segurando-a pela cintura e apalpando sua bunda.

William Stewart, que sorria abertamente enquanto olhava no fundo dos olhos de Charlie, pegou o microfone das mãos de Joshua e olhou para os seus convidados e aliados.

— Não se sintam desanimados, meus caros! — começou ele, abrindo os braços e sorrindo para todos. — Nossa doce Rubi estará de volta ao leilão na próxima semana. Tem Rubi para todos nós nos deliciarmos.

Todos eles riram, fazendo um arrepio perpassar pelo seu corpo. Não, não, não. Charlotte se afastou de Donald, correndo até Parker e jogando-se nos braços dele. Era aquilo ou viver para sempre aquele pesadelo. Sem pensar, e antes que Parker pudesse raciocinar, Charlie agarrou a faca da mão dele e a apontou para sua própria garganta, as lágrimas escorrendo por seu rosto feito uma cachoeira e os lábios tremendo tanto quanto suas mãos.

No entanto, assim que a voz desesperada de Joshua ecoou pelo ambiente, fazendo todos a olharem em choque, e antes que o punho de Parker atingisse seu rosto, o som de um tiro ecoou por todo o local. O silêncio se instaurou por todos eles, os olhos preocupados e atentos olhando ao redor em confusão.

Charlotte ficou ereta, deixando a faca cair em seus pés. Parker apertou a mão em seu braço, puxando um revólver do cós da calça, esquecendo-se de que estava prestes a desmaiar Charlie com um soco.

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