33 | leilão de diamantes

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UM SOM baixo e repetitivo soava em seus ouvidos, a lembrava o som que as turbinas de um avião faziam. Só que, ao contrário das turbinas, o som que soava em seus ouvidos era mais suave. Um ventilador ou um ar-condicionado, talvez — o que explicava o vento gelado que tocava a sua face.

Os seus braços e pernas estavam dormentes e doloridos, e pareciam pesar toneladas. Não conseguia movê-los, nem mesmo um leve espasmo. O pensamento a desesperou por um momento. Por que não conseguia se mexer?

Tudo doía.

As suas pálpebras estavam pesadas e grudadas, impedindo-a de abrir os olhos. Podia sentir as remelas que se formaram no canto de seus olhos, e tudo que queria fazer era levar a mão até ali e limpá-los. Charlotte respirou fundo, fazendo esforço para abrir os olhos.

Com dificuldade, Charlie abriu os olhos, observando o local em que estava. Estava parcialmente escuro, um abajur estava ao seu lado, iluminando apenas a cama em que estava deitada — uma cama de solteiro estreita, com o colchão extremamente fino e duro. O quarto é pequeno, com nada além da cama, a mesa de cabeceira e uma cadeira de madeira.

Ao olhar para o teto, Charlie viu o ventilador, que girava rápido demais e parecia que iria cair a qualquer momento. Não tinha decorações, não tinha móveis e não tinha cor. Era um quarto quadrado, pequeno e escuro. As paredes pareciam estar mofadas e a pintura parecia se descascar em alguns pontos.

Podia escutar vozes, risadas e passos ecoando pelo local — seja lá onde estava. Uma música latina soava abafada do lado de fora, o som de água e de um cortador de grama. Charlie franziu o cenho e engoliu em seco.

Estava usando uma camisola branca, fina e curta demais para o seu gosto. Tinha alguns hematomas roxos espalhados por seus braços e o tornozelo estava enfaixado. Com muito esforço e dor, Charlotte ergueu o braço, levando a mão trêmula até o rosto. A bochecha esquerda ardia, o lábio inferior parecia estar inchado e um curativo pairava sobre a sua testa.

E como um trem-bala, todas as memórias voltaram, forçando-a se lembrar de tudo que aconteceu recentemente. Pixels. Josh. Crane WS. Tráfico humano. Ela faz uma careta de dor e levou a mão até o peito. O tornozelo torcido por ter sido empurrada no chão, a cabeçada no espelho antes de apagar. A ameaça na voz dele.

"— Fica tranquila, amor. Não precisa se preocupar com mais nada.

— O que... O que você vai fazer, Josh? — Ele sorriu abertamente, soltando os braços dela e subindo a mão pelo corpo dela.

— O que eu devia ter feito há muito tempo!"

A mulher engoliu em seco, levantando-se da cama e olhando ao redor. Onde diabos estava? O que Josh tinha feito? Precisava sair daquele lugar, seja lá onde estivesse. Precisava voltar para casa. Precisava alertar Bucky e a polícia sobre Josh e William.

✓ Sparks • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora