𝑺𝑷𝑨𝑹𝑲𝑺.
⸻ Aos 26 anos, a vida de Charlotte Zhang não estava indo conforme havia planejado aos dezesseis anos. Solteira, mãe solo, com um emprego instável, sem família e sem teto. Era um pesadelo acontecendo bem diante de deus olhos.
E...
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ERAFIM de tarde em Nova York. O tempo estava fresco e ameno. Um dia tranquilo e bonito para iniciar parte de uma investigação.
No carro, Bucky Barnes ajeitava os cabelos através do espelho retrovisor, sentindo o perfume feminino invadir as suas narinas. Ao seu lado, Charlotte Zhang digitava no celular com os dedos ágeis, sorrindo para o aparelho.
Estavam estacionados em frente a mansão chique e extremamente cara de Blake Stewart, o gerente da Pixels e melhor amigo de Charlotte. Era o aniversário do homem, e uma ótima oportunidade para Bucky investigar os convidados e o gerente da empresa de fotografia. Além é claro, de atuar perfeitamente o papel de namorado apaixonado da mulher ao seu lado.
Por ser um dia fresco, Charlotte usava uma blusinha com alças finíssimas e que lembrava um corpete. Estava linda, como sempre. E gostosa, claro. Bucky fez questão de expressar sua opinião quando saíram de casa.
O homem batucou os dedos no volante e virou a cabeça para olhá-la. Sentindo o olhar dele sobre si, Charlotte guardou o celular na bolsa e o olhou. Não disseram nada ao outro, apenas se olharam por alguns segundos — que mais pareceram horas, na opinião de Charlie, que sentiu a pele de suas bochechas esquentarem.
— E então? Pronta?
— Não... — disse ela, respirando fundo. — Estou nervosa. E com medo. E se desconfiarem que estamos mentindo, e se o Blake realmente estiver por trás dessas coisas?
— Respira, gata. — Ele pegou as mãos geladas dela entre as suas. — Ninguém vai desconfiar da gente, sabe por quê?
— Por que?
— Porque sou um ótimo ator. — Piscou. — Todo mundo vai achar que estou apaixonadinho por você e essas baboseiras todas.
Charlotte revirou os olhos, soltando uma risada.
— Se você diz...
Ela encarou os olhos azuis e depois abaixou a cabeça. Pra falar a verdade, estava mais nervosa mesmo era em ter que fingir namorar ele. Abraçar e segurar as mãos era tranquilo. Mas... Eles teriam que se beijar? Esperava que não, mas escovou os dentes e a língua três vezes antes de sair de casa. Era melhor estar preparada, né?
Charlotte sacudiu a cabeça, afastando a confusão de pensamentos. Não iria beijar Bucky. Não seria necessário.
— Tudo bem? Você ficou calada de repente... E está extremamente vermelha.
— Não é nada. — Pigarreou, soltando o cinto de segurança. — Vamos acabar com isso logo.
— Sim, senhora!
Bucky desceu do carro e correu para abrir a porta para Charlotte. Então, uniu as suas mãos e a guiou até a porta de entrada da mansão. A porta era enorme, deveria ter uns três metros de altura e era toda de vidro.
