35 | marido?

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UM SOM irritante soava em seus ouvidos. Não conseguia mover os braços e as pernas, sentia como se pesasse toneladas. Ela abriu os olhos, a claridade incomodando-a. Estava em um hospital. E estava confusa e meio grogue. Os seus olhos pousaram sobre as máquinas acopladas em seu corpo, os curativos espalhados pela sua pele. Charlotte franziu o cenho, sentindo a boca seca e a cabeça doer.

Que merda?

Um som baixo soou ao seu lado esquerdo, e seu coração disparou ao reconhecer o homem sentado todo torto na poltrona. Bucky estava dormindo, roncando baixinho enquanto segurava o celular em uma mão e um ursinho de Harper na outra. Charlie sorriu com a cena e voltou a olhar ao redor. Há quanto tempo estava ali? Lembrava-se de pouca coisa do que havia acontecido. Eram apenas flashes desconexos de momentos e pessoas. No entanto, uma única pessoa e situação estava fixa em sua mente, rebobinando e rebobinando e rebobinando. Parker pulando com ela do alto do prédio de leilões. Só se lembrava do seu corpo pairando no ar, do vento beijando sua pele, dos olhos ardendo e do grito mudo que soltava conforme despencava, os olhos fixos nos azuis alarmados. Nada mais. Nada menos.

Bucky se mexeu bruscamente na poltrona, acordando assustado. Ele levantou em um pulo, pegando o revólver de dentro da jaqueta e apontando para a porta do quarto. Os olhos azuis e cansados estavam arregalados, os lábios crispados em uma linha reta. Ao ver que estavam seguros, Bucky relaxou e soltou um suspiro, guardando a arma.

- Oi... - Charlie disse, a voz soando rouca e baixa. Mas Bucky ouviu muito bem.

Ele arregalou ainda mais os olhos ao se virar de supetão para ela, caindo de joelhos e abraçando o corpo frágil de Charlie. A mulher franziu o cenho, passando as mãos trêmulas nos cabelos bagunçados do homem e escutando-o chorar feito um bebê em seu colo.

Ela estava bem. Ela estava viva. Ela está aqui. Bucky pegou a mão dela, beijando várias vezes enquanto murmurava agradecimentos e palavras de alívio e carinho.

- O que aconteceu, Bucky?

O homem levantou a cabeça, olhando-a com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Ele puxou a poltrona para mais perto da maca, sem soltar a mão dela, e sentou-se.

- Bom, Parker pulou com você do décimo segundo andar, Charlie. Você caiu em cima de um carro que estava estacionado. Sam não conseguiu chegar a tempo de te segurar, infelizmente. Como o impacto foi muito forte, você quebrou duas costelas, torceu o tornozelo e teve uma hemorragia interna. Por pouco você não teve traumatismo craniano, amor.

Charlie engoliu em seco, apertando a mão dele entre as suas.

- Você ficou duas semanas desacordada, e teve que passar por três cirurgias - continuou Bucky. - Agora, você está estável e se recuperando bem.

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