22 | luz de velas

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A ONDA DE calor extrema havia pairado sobre Nova York naquela sexta-feira, obrigando os nova-iorquinos a tirarem as roupas leves do guarda-roupas e guardarem os casacos e toucas.

O ar-condicionado estava no mínimo e, mesmo com a temperatura baixa e gelada, não parecia aliviar o calor que sentia. Ela já tinha tomado dois banhos gelados, e nada aliviava. Agora, sentada sobre o sofá confortável, Charlotte saboreava um picolé de manga enquanto mexia no notebook em seu colo. Por conta do calor, optou por usar um vestido soltinho e de alças finas com estampa floral nas cores azul e branco. Os seus cabelos estavam presos em um coque no topo de sua cabeça.

Estava sozinha. Sem a presença de seus fiéis escudeiros, os seis gatinhos e Bucky Barnes. O homem e seus gatos tinham saído algumas horas atrás, indo ao veterinário e, em seguida, ao pet shop para aparar as unhas e os pelos. E, pela mensagem que havia recebido um tempo atrás, ele iria passar na casa de Amy antes de voltar para casa.

Charlie suspirou, encarando a tela do notebook com orgulho e ansiedade. Estava colocando em prática uma ideia. Uma ideia que poderia não dar certo, mas só de ver tomando forma a deixava extremamente feliz de poder voltar a fazer o que mais amava: fotografar.

O site era simples, mas tinha tudo que era necessário para divulgar o seu trabalho. Portfólio, contato, horários, orçamento. Não tinha um local fixo para trabalhar, portanto, nas informações que havia digitado, disse que poderia se locomover para realizar as fotos no local desejado pelo cliente.

O seu plano era trabalhar com a fotografia em seu tempo livre. Futuramente, se tudo desse certo e conseguisse juntar uma grana boa com os trabalhos e o Daisy's, poderia investir no seu próprio estúdio. Estava ansiosa e muito feliz. Aos poucos estava retomando a sua vida como era antes do término com Josh.

Enquanto chupava o seu picolé e admirava o seu site, Charlotte deixou seus pensamentos fluírem até um par de olhos azuis e lábios rosados — e aquele sentimento novo e gostoso que surgia em seu peito sempre que pensava nele.

Desde que havia se dado conta do que sentia por Bucky Barnes, Charlie estava agindo daquela forma: sempre pensativa, suspirando pelos cantos e admirando o homem à distância. Ele poderia estar lendo um livro e ela estaria babando. Ele poderia estar lavando a louça e ela estaria babando. Ele poderia estar trocando uma lâmpada e ela estaria babando. Sentia-se patética, mas estava gostando de sentir o coração disparado e o estômago gelado. Ela sentiu falta da antecipação, da tensão, da ansiedade que vinham com aquele sentimento.

A interação entre eles continuava na mesma: selinhos, abraços e mãos bobas. Não haviam se beijado outra vez e, infelizmente, não haviam se tocado daquela forma sensual e intensa mais. E, céus, como queria repetir aqueles toques e beijos. Para piorar, ou melhorar, a sua situação, estava no período fértil, então, Bucky respirava ao seu lado e Charlotte já sentia o corpo pegando fogo. Ele poderia estar lendo um livro e ela estaria pegando fogo. Ele poderia estar lavando a louça e ela estaria pegando fogo. Ele poderia estar trocando uma lâmpada e ela estaria pegando fogo. E era aquele ciclo eterno, babando e pegando fogo por Bucky Barnes.

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