capítulo um

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CAPÍTULO UM.
CAPÍTULO POR CECÍLIA.
📍 SÃO PAULO — SP.

Passei o dia inteiro no meu quarto, com a pior sensação que um ser humano pode sentir. Aquela sensação de impotência, aquela que você não sabe o que tá acontecendo, ou o que você está fazendo da sua vida. Aquela que te sufoca de uma forma tão grande que parece que você não vai aguentar mais por muito tempo.

— Lia? — escuto minha amiga me chamando, e em seguida algumas batidas na porta. — Cecília tu tá desde ontem trancada nesse quarto. Abre aqui, o que tá acontecendo?

— Nique, não aconteceu nada, pode entrar que a porta tá só encostada. — respondo ela  e em seguida escuto a porta sendo aberta.

Depois de uns segundos senti a cama afundar do meu lado e senti ela me abraçar.

— Quer conversar? — ela pergunta baixinho. — Ontem você chegou chorando ou era impressão minha? — só em lembrar, já sinto vontade de chorar de novo. — Amiga, o que aconteceu? — soltei o choro e ela apertou o abraço. contigo. — Calma.

Fiquei abraçada com ela por um tempo, depois já mais calma, eu respirei fundo e soltei o abraço me ajeitando pra ficar sentada na cama.

— Ontem, quando eu fui conversar com o Maurício, ele foi extremamente escroto, me tratou mal, falou diversas coisas horríveis pra mim.

— Que filho da puta. — ela xinga ele e eu continuo contando pra ela.

— Ele chegou aqui, e eu fui lá na frente falar com ele. Ele já começou a falar que era pra mim adiantar o assunto porque ele tinha que resolver bastante coisas pra hoje... e daquele jeito dele. — dei uma pausa. — Eu fui direto no assunto, falei que depois do meu acidente, eu percebi que muita coisa entre a gente mudou, percebi que estávamos desgastados, e falei que ele deixa muito claro que estar comigo por obrigação, por aparentemente pena de terminar pelo modo que eu tô, e eu falei que não queria mais continuar.

— E ele?

— O que você acha? — ri nasalado e prendi meu cabelo. — Ele ficou super agressivo, segurou no meu braço, perguntou se eu estava achando que ele era brinquedo meu, que eu não iria fazer o que eu quisesse, falou que ele realmente não aguentava mais andar pra cima e pra baixo comigo tendo que resolver algumas coisas. — respirei fundo me segurando pra não chorar. — E que não aguentava mais tá do lado de uma cega que depende dos outros pra tudo.  — deixei as lágrimas escorrerem e logo senti minha amiga segurar minha mão.

— Que cara babaca, gente. Idiota, filho puta.

— Ele disse que eu me aproveitei dele, e que isso não vai ficar assim... disse que eu não vou me ver livre dele.

— Lia, eu sempre desconfiei, sempre soube que esse cara não valia nada. Ele mudou demais depois que você sofreu esse acidente, e só confirmou tudo o que eu pensava.

A Monique nunca foi com a cara do Maurício e nunca negou isso.

— E esse cara é louco, amiga. Cê tem que dar queixa, ele te ameaçou!

— Eu só quero ficar aqui quietinha, Nique. — ela me puxa pra perto dela e eu deito na perna dela que começa a fazer um cafuné em mim. — Esse acidente revirou minha vida.

— Tudo na vida tem um propósito, meu amor. Vamos confiar no processo...

Eu não estava assim por conta do meu término, eu estava assim pelas palavras que foram ditas pra mim. Me machucou ouvir aquelas coisas.

CAPÍTULO POR THIAGO.
📍 SÃO PAULO — SP

— Bagulho chique, né mano? Que isso, viado. — falo com o Ghard que ri concordando.

— Fico constrangido até pra respirar. — ele fala e eu cai na risada, moleque bobo.

— Depois, bora dá uma passada lá na minha mãe, antes de ir pro estúdio. — ele assente.

Terminamos de comer e metemos marcha pra casa da minha mãe, nem demorei muito, dei um abraço nela e parti pro estúdio. Cheguei lá e o restante dos moleques já estavam lá.

— Muda essa parte do beat, viado. — falo com o Nagalli. — Bota aquele que é tipo aqueles efeitos de jogo, tá ligado? — ele assente rindo. — Vai ficar dahora, parça... põe aí.

— Viu a agenda do mês? — Ghard perguntou e eu balanço a cabeça negando. — Lotada irmão, mas a maioria é aqui por São Paulo mesmo.

— Depois vou dar uma olhada.

— Aí se liga, aniversário de uma mina que eu tô ficando hoje. Ela vai fazer uma resenha, tão afim? — Nagalli pergunta já animadinho.

— Eu animo. — Ghard fala e o Koda segue a linha dele.

No final geral, confirmou que ia com ele. E começou a zoação que ele tava envolvidão com essa mina, único pré casado do bonde.

— Tô sossegado mesmo. Tô começando a achar que tô nessa de tá apaixonado.

— É família, perdemos um. — falo e geral dá risada concordando.

— Quero vê quando chegar a vez de vocês.

— Vai acontecer, viado. Quando a paixão pega não tem jeito. — Ghard fala e eu concordo. — Lembra do Tico, não? Naquela época que ele cismou que tava apaixonado naquela mina. — ele fala já dando risada.

— Ih, esquece isso.

— O cara sofreu quase uma semana, geral preocupado, do nada ele tacou o foda-se falando que tava errado e que não tava apaixonado. — Koda conta e eu dou risada junto com eles.

— Mano, esse lance de paixão... de amar, vai além do lance de troca de interesses. — falo e eles concordam. — O que eu tinha com ela era isso, troca de interesses.

— Mas relaxa Tico, vai chegar a mulher da tua vida quando menos esperar.

— Ôh glória. — os moleques gritam e eu caio na risada.

 — os moleques gritam e eu caio na risada

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Amar | VEIGH.Onde histórias criam vida. Descubra agora