capítulo dez

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CAPÍTULO DEZ.
CAPÍTULO POR THIAGO.
📍 SÃO PAULO — SP.
SEMANAS DEPOIS.

Já tinha uns dias que aproximação entre a Lia e eu aumentou de uma forma louca. Depois do evento em Itapevi, a gente tem tido muito contato. Cada tempinho livre na semana se eu não tô no estúdio, eu tô indo em algum lugar com ela. A companhia dela é uma parada que acalma toda a correria da minha vida.

Tem sido frequente as vezes que eu procuro ela pra distrair minha mente dos problemas, ou das correrias. Ela tem me dado espaço na vida dela, conversa muito mais sobre ela, sobre a vida dela, sobre algumas coisas do passado e tenho percebido que tem rolado uma troca maneira.

— Oi meu amor, cheguei. — ouvi minha mãe assim que ela entrou no meu quarto.

— E aí, dona Mirian? — ela vem até mim e me abraça sentando na cama.

— Que carinha é essa, Tico? Tá abatido. — ela franze o cenho e trás a mão no meu rosto. — Tá se sentindo mal?

— Tô nada, tô bem. Tô só me sentindo cansado, foi correria essa semana.

— Você tem que se cuidar, Thiago. Tá se sentindo assim um tempinho, vamos no hospital... ou em algum médico.

— Oxi... que isso? Precisa disso, não. Deus me cura, ele é dahora.

— Eu não tô brincando.

— Relaxa dona Mirian, seu filho tá bem.

Ela ficou um tempinho aqui comigo, depois foi resolver algumas coisas dela, e eu fiquei aqui de boa, tirando um cochilo até dar a hora de começar a me arrumar pra ir pro show.

Me arrumei e não demorou pros cara chegar, me despedi da minha mãe, e desci. Na van estava a mesma energia de sempre, geral conversando, mas eu tava mas na minha, tava sem ânimo, então prefiri ficar na miúda pra hora do show.

Chegamos na casa de show, na hora do show mesmo. Já tava pra entrar e eu me senti mal, uma tonteira estranha, mas não foquei nessa ideia.

Entrei no palco e a energia me contagiou fazendo eu esquecer das paradas que eu tava sentindo alguns segundos atrás. Meus fãs são dahora demais, viado. Já tava indo pra última música quando me deu outra tontura. Fui até o Ghard que tava bebendo água e bati meu braço no dele chamando atenção dele.

— Mano, tô passando mal, viado. — ele me olhou preocupado.

— Qual foi, Tico?

— Sei lá, parça. Vou terminar essa aqui. — ele assentiu ainda me olhando com o cenho franzido.

O toque de Jeito Bandido começou e geral foi a loucura. Comecei a cantar, mais não tava conseguindo, a respiração tava falhando, e o coração batendo junto do beat. Quando terminei a música, agradeci como sempre, e sai dali querendo chegar logo no camarim.

Falei com meu pessoal que eu não tava me sentindo bem, cheguei no camarim já encostando do sofázinho, e nada de melhorar.

— Melhor chamar a ambulância. — os cara fala conversando entre eles, já chamando.

Nem me importei, já que era pra resolver logo essa parada. Demorou nada pros cara da ambulância que tava aqui no evento entrar no camarin. Fizeram uns procedimentos rápidos, deram uma picadinha no meu dedo, tirou pressão e quando terminou o cara já me olhou estranho.

— Olha, vamos precisar ir ao hospital.

— Que isso, parça? É sério assim?

— O normal do batimento cardíaco, é 90bpm. — assenti. — O seu tá em 215.

Amar | VEIGH.Onde histórias criam vida. Descubra agora