capítulo dois

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CAPÍTULO DOIS.
CAPÍTULO POR CECÍLIA.
📍 SÃO PAULO — SP.

A Monique me tirou de casa, nós viemos ao restaurante que nós duas sempre frequentamos. Eu não estava no meu melhor dia e isso fez ela querer mais ainda me levar pra me distrair um pouco.

— Nossa, a rua hoje tá movimentada. — ela fala assim que saímos do restaurante. — Deve ser por conta do show que vai ter ali.

— Tô ouvindo a muvuca que está. — falo. —  Vamos logo chamar um uber.

— Mas vamos sair daqui, vai ser melhor pegar o uber na esquina.

Concordei e a cada vez mais que íamos andando o barulho ficava cada vez mais alto, Monique segurando minha mão e ia me guiando porque não dava pra usar a guia ali no meio do povo, e depois de uns minutos chegamos onde ela queria.

— Amiga, tem um carro parado ali, fica aqui que eu vou vê se é o nosso e tô voltando. — concordei receosa, e senti ela me puxando pra algum lugar. — Não sai daqui.

Fiquei esperando ela, mas uns segundos depois, um alvoroço horrível de vozes e gritou começaram, e pareciam estar próximos, e eu tive certeza que estava quando algumas pessoas passara esbarrando e até trombando em mim. Me sentir no meio desse tumulto me apavorou, eu não tinha como saber pra onde ir, mas só queria sair.

CAPÍTULO POR THIAGO.
📍 SÃO PAULO — SP.

Tava chegando no lugar onde teria um show de hoje, e o tumulto de gente na frente da casa de show estava gigante. Antes mesmo de fazer o retorno, um alvoroço de pessoas correndo começou, fiquei olhando tentando entender, e deduzi que eles acharam que van que estava passando era nós.

Os moleques ficaram gravando o alvoroço e falando algumas coisas, e eu fiquei olhando pra aquela multidão de gente, mas no meio dessa treta toda, meu olhar focou numa mina que parecia estar perdida, e pelo semblante dela, ela parecia estar apavorada.

Ela estava com os braços meios que esticados, dando uns passos curtos, e as pessoas passavam esbarrando nela, trombando com ela e a mina parecia não sair do lugar, parça.

Alguém esbarrou nas costas dela, e ela andou uns passinhos a mais, saindo da calçada e chegando na pista. Estranhei ela não parar de andar, olhei a pista e vi um carro vindo, e ela continuava andando.

Levantei mandando destravar a porta da van e os moleques estranharam já me enchendo de perguntas.

— Vai onde, viado? — o Ghard perguntou mais eu nem respondi.

Já sai da van, atravessando a rua pra tentar chegar nela. O carro que estava vindo, desviou dela buzinando seguidamente e ela se assustou. Adiantei, e quando cheguei perto peguei no braço dela que começou a se debater tentando se soltar de mim.

— Só tô querendo te ajudar mina, calma aí. — falo prendendo meus braços em volta dela.

Olhei pra ela que não estava focada em mim, desci o olhar e nas mãos dela que estava no meu peito tentando me afastar, e tinha uma guia. Caralho, viado.

— Olha, vamo sair daqui que nós tá no meio da rua. — explico. —  E eu não posso ficar aqui, vem.

Solto ela e seguro a mão dela indo até a van. Ajudei ela a subir, ela tateou o banco da van, e se sentou. Os moleques me olharam confusos, e eu apontei pra guia na mão dela.

— Mano, cê quer uma água, cê tá tremendo. — Ghard fala com ela que assente, ele pega uma garrafinha e entrega pra ela.

— Obrigada. — a voz dela sai baixa.

Amar | VEIGH.Onde histórias criam vida. Descubra agora