Uma mulher que deixou a vida na cidade natal pra trás pra tentar viver a vida do jeito que deseja e fracassou. Naomi voltou para casa, para o casamento da melhor amiga, decidiu ficar de vez e tornou-se uma stripper.
• Sinopse completa no sumário est...
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12 anos antes....
Sentia o leve suor em minhas mãos. Andar até o escritório do meu pai, era quase doloroso. Eu podia ser um homem durão diante dos olhos de toda Chicago, em contrapartida, sob o olhar do meu pai, eu me tornava um garoto.
Eu tinha vinte e seis anos, mas um garoto inútil sob os olhos dele. Meu coração palpitava, ansioso pelo que estava diante de mim, pelo que vinha a seguir. Sabia que o motivo de ele ter me chamado, era mais do que pra fazer algum simples pedido.
Passei entre as pilastras da mansão Bianchi, vi Luca me espionando entre elas. Desde que entrou na adolescência, um mistério havia tomado conta de tudo o que ele era.
Foi os catorze anos. Sua iniciação o transformou. Ele sabia o que tinha que fazer, mas não queria ter que fazer.
Eu suspirei, o ignorando. Precisava lidar com Fabiano Bianchi.
Adentrei o corredor e segui para a terceira porta, me certificando de bater a porta com força. Ela foi aberta poucos minutos depois por meu pai, me lançando um olhar vitorioso.
— Entre, Theo. — ele usou uma voz firme.
Eu passei por ele, adentrando a sala percebi que não estávamos sozinhos. Vitor Salvatore, o capo da Colombo, sentado elegantemente em uma das cadeiras vagas e em pé, atrás dele, seu filho Matteo.
Eu os encarei, sentindo a frieza. O fato de eles estarem aqui não parecia algo bom, aprendi desde cedo que eram os inimigos. E chamar seu inimigo dentro de seu território é como dar a eles o breve conhecimento da fraqueza. Porque não um encontro em um lugar neutro?
Eu observei Matteo e ele me observou com o mesmo interesse, como se estivéssemos traçando uma guerra com o olhar.
Pigarreando, meu pai voltou a sentar-se em seu lugar.
— Rastelli atacou o galpão de droga da Colombo. — disse o meu pai, servindo-se com uma dose de uísque, da garrafa que já estava quase vazia.
Eu franzi a testa.
— Porque isso deveria nos preocupar? — Indaguei.
Meu pai voltou seu uísque todo de uma vez, e passou um tempo para acender o charuto que ele tinha entre seus dedos. Meu pai deu uma tragada, e baforou a fumaça para o alto.
— Salvatore acha que juntos somos mais fortes, e está aqui pra sugerir uma aliança. Ele quer casar a filha dele. — meu pai respondeu.
— Com quem? — não sei porque acabei fazendo essa pergunta.
Era bastante óbvio, eu havia sido chamado ali. A pergunta não era com quem, mas se eu iria aceitar isso sem nenhuma relutância.
Eu tinha alguém, e queria estar com ela. Mas meu interesse por uma mulher acabava quando minha obrigação pela Genovese começava.
