cinquenta e sete

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Ella estava sentada na mesa comendo, enquanto eu lavava a louça do jantar

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Ella estava sentada na mesa comendo, enquanto eu lavava a louça do jantar. Minhas mãos tremiam um pouco. Eu não conseguia esquecer a loucura de ir até Debbie.

Era apenas uma questão de tempo até Christian voltar e tornar a fazer da minha vida um inferno.

E se ele descobrisse o que eu fiz? Ele era perspicaz, conseguia sempre ler o que estava a sua volta.

Meu coração martelava no peito, cada batida parecia um lembrete constante de que a paz era efêmera. Eu me esforcei para manter a compostura diante de Ella.

Olhei para a espuma e o copo na minha mão onde meus dedos pressionavam com força. Estava distraída e sobrecarregada.

— Mãe, eu posso comer mais um pouco de salada de fruta?

Eu pulei com um susto a voz repentina da minha filha, o copo que estava na minha mão caiu dentro da pia se espatifando.

Meu coração disparou com o susto, e eu me abaixei para recolher os cacos do copo, tentando disfarçar a ansiedade que me consumia. Olhei para Ella, forçando um sorriso enquanto tentava recuperar o controle.

— Claro, filha. Você pode pegar mais um pouco de salada de frutas. — Respondi, tentando manter a normalidade na voz, mesmo que por dentro eu estivesse à beira de um colapso.

Estiquei a mão dentro da pia, e um vidro afiado roçou meu dedo, fazendo-me arfar de dor. Ignorei a pequena ferida, mantendo o foco na limpeza enquanto lutava para acalmar os nervos. Ella, alheia ao turbilhão dentro de mim, foi até a geladeira em busca da salada de frutas.

O som da campainha ecoando pela casa me fez soltar os vidros. Meu coração disparou, eu precisava limpar a bagunça antes que Christian entrasse. Mas se fosse ele, não teria apertado a campainha.

Eu lavei a mão, tentando me livrar do sangue que agora manchava minha pele. Olhei para Ella, preocupada, e lhe dei um sorriso forçado.

— Fique aqui, querida. Eu vou atender a porta. — Disse, tentando esconder minha ansiedade.

Caminhei até a entrada com passos hesitantes, temendo o que poderia encontrar do outro lado da porta. Meu coração continuava a bater descontroladamente, e cada batida parecia uma contagem regressiva para o caos.

Ao abrir a porta, encontrei Theo do lado de fora. Sua típica postura de um homem poderosos, mas sua roupa sempre impecável agora estava uma bagunça.

As mangas da camisa social estavam dobradas e alguns botões fora da casa. Seus olhos fundos indicavam que ele não dormia muito. Dante estava ao seu lado um pouco mais relaxado.

Eu respirei profundamente prestes a desabar, uma lágrima de alívio invadindo meus olhos.

Eu corri em sua direção, e o abracei como se minhas forças estivessem se esgotando. E Theo retribuiu ao abraço, tão apertado, como se não pudesse me deixar sair.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora