Depois de terminar o almoço, eu me levantei e disse a Fallon que precisava ir. Ela obviamente se preocupou e se ofereceu pra ir comigo, mas eu precisava fazer isso sozinha.
Eu apenas disse que era sobre meu suposto trabalho novo, que menti pra ela dizendo que estava trabalhando como recepcionista em um hotel. Eu devia estar ficando louca em me enroscar em mentiras atrás da outra.
Mas ela tinha experiência trabalhando na Laundry, então, eu tinha certeza absoluta que Fallon iria implorar pra eu sair e tentar me fazer aceitar que ela podia cuidar da minha situação financeira até eu conseguir um trabalho descente.
Eu não queria isso pra mim. E ela não tinha essa obrigação, apesar de pensar que precisava cuidar de mim, porque eu cuidei dela quando ninguém mais pôde, quando a mãe dela foi pra cadeia por matar o marido que a espancava.
Eu fiz sinal para o terceiro táxi na porta do restaurante, mas novamente, ele não parou.
Eu bufei, frustrada.
— Não é assim que funcionam os táxis aqui, querida. — a voz de Theo atraiu a minha atenção.
Eu olhei pra trás, e ele andava em minha direção, guardando alguma coisa no bolso de dentro do seu paletó.
Ele parou do meu lado, mantendo a expressão séria e dura, colocando as mãos para trás.
— Vai me seguir, agora? — perguntei.
Ele inclinou a cabeça.
— Vejamos, se eu não viesse aqui você não conseguiria sair desse lugar, porque está insistindo em fazer sinal para os táxis. Esses táxis me pagam uma taxa pra circular aqui, portanto, têm carros limitados.
Eu ergui uma sobrancelha.
— Uma taxa?
Theo deu um sorriso de canto, como se a situação lhe divertisse.
— Sim. Porque eu não me aproveitaria disso, certo? Então, se você quer um táxi, precisa pedir para que um dos recepcionistas liguem para um de nossos carros.
— Ou eu posso pedir um carro por aplicativo. — argumentei.
— Não, você não pode. — falou. Eu ergui uma sobrancelha, mas ele continuou — Esses carros também não circulam por aqui. São proibidos.
— Céus, você controla absolutamente tudo? Como você tem certeza de que vão respeitar a sua regra de não circular no seu restaurante? Quer dizer, o motorista de aplicativo pode se passar por um cliente.
— Espero que eles estejam cumprindo a minha regra, porque se forem pegos não vai ser muito bom pra eles.
Eu revirei os olhos.
— Então eu devo pedir o recepcionista um táxi? — eu perguntei, quando o carro de Theo parou em nossa frente.
Um manobrista saiu de dentro, e entregou a chave a ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Perfeita Distração - 3 ✓
RomanceUma mulher que deixou a vida na cidade natal pra trás pra tentar viver a vida do jeito que deseja e fracassou. Naomi voltou para casa, para o casamento da melhor amiga, decidiu ficar de vez e tornou-se uma stripper. • Sinopse completa no sumário est...