vinte e oito

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Olhei cuidadosamente ao redor da rua, hesitando em entregar a chave do carro ao manobrista do Bella Tavola

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Olhei cuidadosamente ao redor da rua, hesitando em entregar a chave do carro ao manobrista do Bella Tavola. Como eu só confiava em nossos restaurantes, eu jamais iria em outro lugar mas me arrependia duramente de ter aceitado ir naquele jantar minutos depois de ter dito que "sim". Que droga! Qual era o meu problema?

Eu dei uma longa olhada em Beatrice, mas não podia ler a expressão dela. Eu nunca podia.

Minha esposa era irmã do meu rival, e por isso, na maior parte das vezes eu não dormia muito quando estava em casa. Eu não sabia se realmente podia confiar nela, desde que entramos em guerra com os Colombo.

Matteo se importava com a irmã?

Bem, eu sabia que eles se falavam. Mas sobre o que eles falavam?

Merda, eu queria tanto alguém quem eu pudesse confiar ao meu lado.

Nós caminhamos para dentro do restaurante, seu braço cruzado ao meu e seus olhos brilhando, dificilmente os via daquele jeito.

Ela olhou brevemente pra mim, com um sorriso doce, que também não aparecia na maior parte das vezes.

— Você pode não ser hostil com os meus amigos? — pediu, sua voz aveludada.

— Quando eu sou hostil com as pessoas, elas geralmente merecem a minha hostilidade.

Quando entramos no restaurante, um recepcionista apareceu para nos conduzir rapidamente a mesa que havia sido reservada para nós, enquanto conversávamos.

Ela soltou um breve riso.

— E quanto a mim? — ela continuou, segurando a echarpe caramelo, em torno dos seus braços.

— O que tem você? — perguntei erguendo a sobrancelha.

Eu sabia que meu comportamento em relação a ela, sempre foi frio. Desde o primeiro momento em que a vi pela primeira vez e coloquei uma aliança de noivado em seu dedo.

Mas eu não era sempre rude. Apenas as vezes quando estava estressado, e ela começava com a falação sobre eu nunca ter tempo para passarmos juntos.

Não é que eu não tinha. Eu só.... não queria.

— Porque me trata assim? — retrucou ela, a pergunta era séria, no entanto seu sorriso ainda estava no rosto.

— Achei que viramos apenas jantar com seus amigos, não discutirmos o que chamamos de "relação."

Nós chegamos a nossa mesa, e antes de eu sentar fui cordial e puxei a cadeira pra ela. Pelo visto, havíamos sido os primeiros a chegar.

Beatrice se sentou com graça, agradecendo silenciosamente quando empurrei a cadeira para ela e sentei logo em seguida. Mesmo que a relação entre nós fosse complicada e muitas vezes distante, eu ainda fazia questão de manter uma aparência de respeito e cortesia em público.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora