quarenta e oito

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 Eu ainda estava no mesmo quartinho úmido e malcheiroso

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Eu ainda estava no mesmo quartinho úmido e malcheiroso. Minha cabeça doía e meu corpo estava dolorido, resultado de um golpe que levei de Christian quando jogou a minha cabeça na parede e na noite em que passei mal dormida naquela cama horrível.

Ouvia passos acima, vozes abafadas que não conseguia entender. Queria tanto saber o que estava acontecendo fora deste lugar, se Theo já estava procurando por mim.

Eu abracei minha barriga, como se isso pudesse proteger meu bebê daquele ambiente sombrio.

Eu abaixei no chão, me entregando ao nó que se formara em minha garganta, e as lágrimas encharcaram meus olhos, e deslizaram molhando minhas bochechas.

— Vai ficar tudo bem. — sussurrei para mim mesma.

A porta do quartinho rangeu quando foi aberta, e meu coração acelerou. Christian entrou, segurando uma garrafa de champanhe e duas taças. Seu olho esquerdo estava roxo e inchado, e tinha um curativo no nariz. Seu sorriso era sinistro, como se ele estivesse se divertindo com a situação.

Eu tombei a cabeça pra trás, soltando uma risada.

Eu levantei do chão e limpei minhas lágrimas para que ele não me visse chorar. Ele não tinha esse direito, e eu jamais me mostraria fraca.

Preferia morrer antes de deixar que Christian presenciasse qualquer lágrima minha.

— Alguém do seu tamanho pegou você, Christian? De homens você apanha, porque seu negócio é bater em mulheres, huh? — provoquei com u Tim divertido.

— Seu queridinho fez isso comigo.... Theo Bianchi é um príncipe encantado, pronto para salvar a donzela em perigo. Naomi Gray conseguiu um grande discípulo, não é mesmo?

— Theo pode ser muitas coisas, Christian, mas pelo menos ele não é covarde o suficiente para bater em uma mulher grávida. Você é patético. Eu não entendo porque você está tão orgulhoso de ter apanhado de Theo. Porque isso não escondeu esse seu sorriso nojento? Você deveria estar puto da vida, não?

— Ah, minha doce garota.... Eu vim trazer as boas novas. seu queridinho me bater, me deu uma vantagem no tribunal. — ele disse, enchendo as duas taças com champanhe — Eu vim trazer as boas novas.

Eu mordi o lábio com força, dando um passo pra trás e sendo mal sucedida, encostando na parede atrás de mim.

— B....boas novas?

— Eu tenho a guarda de Ella, Naomi. Você perdeu tudo e eu ganhei. Vamos comemorar com champanhe.... — disse por fim, enfiando a taça na minha mão. — Beba. — mandou.

Meu coração disparou, aos poucos eu perdi o controle da minha respiração enquanto sentia minha garganta se fechando.

Eu não podia estar naquele lugar, aquilo não podia estar acontecendo.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora