Uma mulher que deixou a vida na cidade natal pra trás pra tentar viver a vida do jeito que deseja e fracassou. Naomi voltou para casa, para o casamento da melhor amiga, decidiu ficar de vez e tornou-se uma stripper.
• Sinopse completa no sumário est...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu gostava de ter paz na hora de fazer trabalhos burocráticos, e por isso eu havia reservado um apartamento inteiro na cobertura em um de nossos prédios e feito dele um escritório para mim.
No entanto, hoje não era um dia que eu poderia ficar em paz. Tinha muita coisa pra fazer e tinha a despedida de solteiro de Luca, portanto, decidi trabalhar em casa.
Mas eu cheguei a conclusão de que eu deveria apenas ter levado uma roupa comigo e passado o dia inteiro lá, porque estar em casa deu a Beatrice abertura pra me incomodar enquanto em tentava me concentrar na planta da casa de Matteo Salvatore que eu havia conseguido, subornando alguém que trabalhava na prefeitura.
Beatrice tinha a habilidade de me tirar do sério, mesmo quando eu estava focado em algo importante. Ela estava reclamando do fato de eu não aparecer em casa há mais de uma semana. Era pra isso que eu mantinha meu próprio apartamento na cidade, não precisar lidar com o fato de estar sob o olhar dela o tempo todo. Eu mal conseguia manter minha paciência enquanto tentava decifrar os detalhes da planta que estava em minhas mãos.
— Eu estou ocupado, Beatrice. — murmurei, mas ela continuou.
— Você passou um tempo com as crianças hoje. Porque simplesmente não pode ter um tempo pra mim? Eu sou sua esposa.
— No papel. — lembrei, especialmente ao fato de fazer muitos anos que eu não a tocava.
Eu olhei brevemente pra ela, e notei seu olhar curioso sob a planta arquitetônica em cima da minha mesa.
— Você pode sair? — pedi, franzindo o cenho.
— Essa é a planta da casa do meu pai? — perguntou.
— Da casa do seu irmão. — Corrigi — Seu pai está morto, lembra?
— Claro, seu irmão o matou. — ela murmurou, sendo prepotente.
— Não que seu pai não tenha merecido. — reafirmei.
— O que você pretende fazer?
Eu respirei fundo, enrolando o rolo da planta, e não fiz questão de responder a sua pergunta. Ela era a minha esposa, mas inicialmente era uma Salvatore, e eu não sabia se ela realmente era leal. Ela sequer conseguia deixar Matteo de lado, mesmo sabendo que ele era o inimigo.
Eu tinha muitos planos para aquela casa, mas não diria isso a Beatrice nunca.
Ela poderia ir correndo contar ao irmão.
Eu levantei, segurando o rolo firme em minha mão. Eu com certeza não o deixaria em casa, fiz algumas marcações que precisariam de atenção, e eu não queria que ela soubesse disso.
— Eu tenho que ir. — anunciei, olhando o relógio no meu pulso.
