cinquenta e três

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Acordei pela manhã e a cama estava vazia

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Acordei pela manhã e a cama estava vazia. Ela não estava nos meus braços como havia dormido na noite anterior.

Levantei da cama, olhando ao redor do quarto para conferir que Naomi realmente não estava ali. Preocupação imediatamente se apoderou de mim.

Coloquei rapidamente uma calça de moletom e saí do quarto em direção ao banheiro, depois da sala de estar. Ela não estava em lugar algum.

Fui até a porta onde Adriano estava sempre de guarda, mas nem ele estava ali. Eu olhei a hora no meu relógio, era tarde.

Meu coração estava prestes a sair pela minha garganta.

Eu sei que ela gostava de ser livre, mas não era o momento pra isso quando estava correndo perigo. Eu precisava mante-la segura.

Eu não podia perde-la de forma alguma. E ficava sem ar, apenas em pensar que ela poderia não estar mais na minha vida, apenas em pensar que eu poderia não respirar o mesmo ar que ela ou sentir seu aroma.

Um nó se apertava na minha garganta apenas em imaginar.

Eu voltei para o quarto atrás do meu celular, e o encontrei na mesinha de cabeceira, junto a um bilhete escrito em uma caligrafia elegante.

Minhas mãos tremiam enquanto pegava o papel e começava a ler suas palavras.

"Desculpe sair sem avisar. Eu não tive coragem de dizer isso a você, mas o único jeito de eu ter a minha filha comigo é se eu me casar com Christian. Eu não posso arriscar que ele a leve para sempre e eu nunca mais possa vê-la. Me doeu escrever esse bilhete, como me doeu ter que me despedir de você. Mas eu sou uma mãe desesperada fazendo o que for preciso. Por favor, não me siga ou faça algo maluco demais. Te amo, mas eu amo mais minha filha e Ella é minha prioridade agora. Naomi."

Lentamente eu amassei o papel em minha mão, formando uma bolinha, enquanto tentava assimilar o que havia acabado de ler.

Eu não podia acreditar que ontem a noite havia sido uma despedida. Todo aquele sexo carinhoso, toda aquela explosão de sentimentos e o quão conectados estávamos. Era tudo planejado. Era apenas uma despedida.

Raiva criscia dentro de mim, eu não podia controlar o turbilhão de sentimentos que estava sentindo. Era um grande misto das piores emoções. Meu rosto estava quente, eu estava prestes a estourar.

— Porra! — eu gritei, arremessando a bolinha de papel longe e chutei a mesinha a minha frente.

Eu peguei meu celular, buscando o número de Adriano na minha agenda.

Alguém iria pagar por isso, e provavelmente seria ele, porque ela não deveria sequer ter conseguido sair de dentro desse loft.

O telefone tocou várias vezes até que, finalmente, ele atendeu.

— Theo....

— Aonde você está, seu maldito incompetente? — gritei com raiva.

— Theo, temos um problema. — sua voz soou apreensiva.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora