sessenta e um

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Nós entramos na Laundry em silêncio

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Nós entramos na Laundry em silêncio. A boate ainda estava em funcionamento ao meu redor, as luzes coloridas piscavam ritmicamente. O som alto da música sensual vibrava no ar, penetrando meus ouvidos. A atmosfera era carregada, misturando cheiro de cigarro com o aroma adocicado das bebidas.

Theo segurou minha mão com firmeza, guiando-me através das pessoas, até estarmos em um em um corredor completamente vazio descendo as escadas para o porão.

O som abafado lá embaixo contrastava com a sim abafado lá em cima, criando um ambiente sombrio e mais tranquilo.

— O que estamos fazendo aqui, Theo? — questionei, enquanto descíamos os degraus.

Nós andamos pelo corredor pintado de branco. As paredes eram mais estreitas, e a iluminação era fraca. Theo me conduziu até uma porta de ferro, trancada com uma corrente grossa. Ele retirou uma chave do bolso e destrancou a porta. O ranger metálico ecoou, enchendo o corredor com um som sinistro. A porta se abriu para revelar uma sala iluminada por uma luz fraca, expondo uma visão que eu não esperava.

Tinha todo tipo de equipamento de tortura disponível para acabar com um se humano, se eu quisesse.

Christian estava sentado em uma cadeira toda equipada. Suas mãos e pernas estavam amarradas, e havia uma mordaça em sua boca. Um pouco de cabelo caía em sua testa, grudando pelo suor, e parecia estar faltando um olho nele. Havia feridas e hematomas por toda parte.

Eu engoli em seco, perturbada com a cena. Uma parte de mim queria virar as costas e fugir dessa visão grotesca, mas outra parte, a parte que sofreu por tanto tempo, sentia um estranho alívio ao vê-lo naquela situação e talvez eu fosse um monstro terrível por me sentir assim.

— Você tem o poder aqui. Pode fazer o que quiser ou pode recuar e deixar comigo. — Theo encorajou.

— Onde tá o olho dele? — questionei, horrorizada.

— Luca está meio fissurado em abacinamento há alguns anos. Ele finalmente conseguiu se divertir do jeito que queria.

Encarei Christian, seu olho estampava dor e desespero. Ele me olhou como se implorasse por piedade.

— Porque você simplesmente não o matou? — Indaguei.

Theo fitou Christian com uma expressão fria, como se ponderasse a resposta cuidadosamente.

— Matar seria muito fácil pra ele, mas, às vezes, o sofrimento é uma punição mais duradoura. Eu queria que ele soubesse o que é estar indefeso, assim como você esteve. — explicou Theo, sua voz carregada de uma seriedade que transmitia a complexidade da situação. — Você pode fazer ele sofrer mais um pouco ou pode dar um fim no sofrimento. Mas se você não tiver bem com isso, eu posso fazer por você. Uma coisa é certa: Christian vai morrer.

— O que você faria no meu lugar, Theo? — questionei, buscando orientação em seus olhos.

Ele suspirou antes de responder com sinceridade:

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora