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Vir a Laundry sempre foi uma espécie de refúgio

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Vir a Laundry sempre foi uma espécie de refúgio.

Não que o clube qual meu pai criou para ser discreto com aquela fachada ridícula de lavanderia, fosse o melhor lugar do mundo.

Talvez, pra quem se importasse, aquele buraco fosse o pior lugar do mundo. Homens cheirando cocaína, o cheiro de charuto exalando no ar e barulhos de gemidos vindos dos quartos acima.

Mas era o meu lugar. Eu tinha entretenimento e ao mesmo tempo, ver tanta gente gastando com tanta futilidade, faziam com que meus olhos enchessem.

Eles estavam perdendo e eu estava ganhando. Isso era arte ao meus olhos.

Sentado no meu lugar habitual em um sofá confortável posicionado em frente ao palco observei as dançarinas em cima dele, analisando seus movimentos sensuais, imaginando como elas haviam tomado exatamente aquele caminho, escorregando em um pole dance pra um monte de marmanjo de pau duro observarem.

Naquela noite, o clube estava particularmente agitado. O pulsar da música preenchia o ar, e as luzes coloridas dançavam freneticamente sobre a multidão que se aglomerava no bar e na pista de dança. Homens em ternos caros se misturavam, todos buscando um tipo diferente de escape.

Pamela, uma das garotas de programa parou diante de mim, meu olhar percorreu por suas pernas expostas até chegar em seus olhos carregados de maquiagem preta e lábios de um batom vermelho.

Ela franziu a testa.

— Aonde está Luca? — ela indagou com rispidez.

Eu inclinei pra trás, apoiando minha cabeça no encosto do sofá e a tombei levemente, olhando pra cima.

— Luca pode administrar a Laundry, Pamela, mas não esqueça que eu sou o seu chefe. Fale direito comigo, ou você sabe que existem consequências. — respondi, tentando não deixar meu temperamento assumir — O que você quer com meu irmão?

— Eu tenho um assunto a tratar com ele. — ela respondeu.

— Ah — eu sorri fraco —, você sabe que não é mais o brinquedinho favorito do meu irmão, certo? Ele vai casar e está resolvendo as pendências para a festa e a lua de mel. Seja o que for, eu vou estar no lugar dele aqui por um mês. Sente aí, e comece a me contar.

Ela hesitou por alguns minutos, então, sentou-se ao meu lado ficando de frente pra mim, e apoiou o cotovelo no encosto do sofá.

Senti o suspiro de Pamela em meu rosto, e a observei passando a mão pelo cabelo preto.

— Você parece um pouco tenso. — comentou. — Você gostava dos meus serviços há um ano atrás. — Pam trilhou os botões da minha camisa — Existe algo que eu possa fazer por você?

Pamela continuou sua abordagem provocativa, passando a mão pelo meu peito e brincando com os botões da minha camisa. Sua voz tinha um tom sedutor enquanto ela sussurrava em meu ouvido. Ela estava claramente tentando me distrair.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora