dezenove

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Eu estava de bom humor

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Eu estava de bom humor. Feliz, na verdade.

Sequer conseguia conter o sorriso, dirigindo o carro de Fallon, de volta pra casa. Ela ainda estava insistindo que eu o usasse enquanto ainda estava fora.

A audiência de visitas foi um negócio rápido, parecia que Marcella realmente tinha aquele juiz nas mãos dela, e talvez se não fosse por isso as coisas não teriam sido favoráveis a mim.

Eu estacionei Rover na entrada da mansão, sabendo que ninguém chegaria mais. Eu continuei sorrindo, enquanto descia do carro, e olhei para o alto, agradecendo comigo mesma.

Eu finalmente teria pelo menos um tempinho com Ella, mesmo que fossem visitas supervisionadas, já que eu perdi a guarda dela por ser supostamente uma mãe negligente. Tudo porque eu trabalhava como stripper para sustentar a minha filha.

Bem, eu não entendia esse mundo. Eu seria negligente se não tivesse um emprego.

— Você parece feliz. — uma voz masculina, firme me despertou. Eu olhei para frente, observando o homem alto caminhar até mim.

Theo mordeu o lábio, mantendo sua postura.

Eu sorri mais abertamente , como se eu precisasse compartilhar com ele. Como se em pouco tempo, Theo Bianchi tivesse se tornado tão importante para que eu quisesse contar minhas boas notícias pra ele.

Talvez fosse o fato de ele estar sempre por perto.

Senti um frio subir pela minha barriga.

— Eu consegui, Theo. Eu finalmente vou poder visitar Ella. A sua irmã é excelente, eu devo muito a ela.

Theo riu, uma risada rouca.

— Espera, querida, ela ainda não conseguiu a guarda integral.

— É um avanço, certo? Pense se alguém proibisse você de ver seus filhos....

— Ninguém teria coragem de fazer isso.

— Ok. — soltei um suspiro — Mas e se você não fosse Theo Bianchi, e alguém tirasse seus filhos de você, se você fosse privado de uma visita por anos, e se os deixassem visita-los, seriam apenas sob seus termos? Então, você finalmente conseguisse visitá-los, pelo menos uma vez por semana?

— Eu os mataria. — ele respondeu, simplesmente.

Mas eu podia ver sua postura de durão vacilando por uns breve momento. Então Theo Bianchi não era apenas o cara mau, com sangue nas mãos.

Alguém o fazia recuar, alguém fazia dele um pai que poderia se tornar vulnerável.

Ele pigarreou e continuou:

— Ok. Eu ficaria muito feliz se tivesse passado muito tempo sem ver os meus filhos e pudesse vê-los mesmo que com alguns termos.

Eu sorri concordando com um aceno de cabeça, quando ele deu um passo a frente e me puxou para me dar um abraço.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora