cinquenta e oito

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Estávamos pelo menos tentando voltar ao normal

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Estávamos pelo menos tentando voltar ao normal. Theo havia ameaçado alguém para recuperar a matrícula da Ella na Saint Anthony. Como se precisássemos de mais desse tipo de coisa, mas eu não podia ser hipócrita se estava me aproveitando disso.

Depois do café da manhã, eu estava prestes a leva-la a escola, abri a porta traseira da Mercedes G class que Theo havia me dado há meses antes de eu ir embora.

— Pronta pra voltar pra escola? — perguntei, a acomodando na cadeirinha.

Ella assentiu animada, seus olhos brilhando. A sensação de normalidade era estranha, mas ao mesmo tempo reconfortante. Entrei no carro, sentindo a familiaridade do volante sob minhas mãos e sorri.

Descermos do carro quando chegamos na escola que ficava há dez minutos. Parecia tudo muito perto, como se Theo tivesse escolhido aquela casa a dedo para ficar perto da escola e perto da casa dele.

Indo em direção a entrada da Saint Anthony, avistei Theo segurando as mãos dos gêmeos.

Vittoria notou a minha presença, soltou a mão do pai e correu em minha direção com seus braços abertos, uma expressão radiante no rosto.

— Tia Naomi! — exclamou Vittoria ao me abraçar com força.

Eu a abracei, retribuindo ao abraço com força. Eu havia me metido em um sequestro pra protege-los e estava feliz que estavam bem.

E era reconfortante, porque se fosse pela minha filha eu gostaria que tivessem feito o mesmo.

Eu me levantei, olhando para Ella, que parecia desconfortável com o carinho trocado entre Vittoria e eu. Mas um sorriso apareceu quando Theo se aproximou com Leo.

— Parece que alguém sentiu saudades. — Theo disse.

Ele retirou os óculos de sol, nossos olhos se encontraram com intensidade e meu coração bateu com mais força.

Nos últimos dias eu estive pensando bem, e concluí que eu poderia morar no abraço dele, mas algo sempre me afastava quando uma dor escancancarava meu peito.

Eu desviei o olhar para Leo e sorri. Ele era um pouco mais reservado.

— E você, garoto, não vai me dar um abraço? — eu abaixei diante dele, bagunçado seu cabelo loiro.

Leo sorriu timidamente e aceitou o abraço.

— Ella sentiu a sua falta. — falei para ele, porque de uma forma boa, eles haviam se tornado melhores amigos na escola — Não parava de falar sobre você durante todo esse tempo. Não quer dar um abraço nela?

Leo olhou para Ella, hesitante, mas depois se aproximou dela com um sorriso tímido. Os dois se abraçaram, e meu coração se encheu de alegria ao ver a cumplicidade entre eles. Parecia que, apesar de todas as dificuldades, algo de bom tinha surgido dessa confusão toda.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora