quarenta

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O apartamento que eu morava em Seattle antes de ir pra Chicago há algumas semanas, era decadente

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O apartamento que eu morava em Seattle antes de ir pra Chicago há algumas semanas, era decadente. Algo entre o velho feio e o arrumado e limpo, eu fazia questão de estar sempre limpando pra que aquele imóvel não me lembrasse de como era a única merda qual eu podia pagar.

Mas agora, eu estava em uma suíte maior que aquele apartamento em um hotel luxuoso como tudo que eu entrava desde que fui embora e os Bianchi entraram na minha vida.

Lá, eu lutava para manter tudo arrumado, enquanto aqui a equipe de limpeza fazia um trabalho impecável, tornando a suíte um oásis de limpeza e conforto.

As paredes da suíte eram cobertas de papel de parede com tons suaves de creme e branco, e o piso era de madeira escura, polida a um brilho impressionante. Um lustre imponente pendia do teto, espalhando luz suave por todo o ambiente.

A cama king-size era um verdadeiro convite ao relaxamento, com lençóis macios e travesseiros de plumas. Havia uma sala de estar adjacente com sofás de couro e uma televisão de tela plana.

A vista da janela era espetacular, com arranha-céus de Seattle pontilhando o horizonte e o brilho do oceano refletindo os raios do sol. Era um cenário deslumbrante, muito diferente das vistas decadentes de meu antigo apartamento.

Ouvi o som da porta se abrindo, e rapidamente retomei a mim.

Theo havia saído há horas, para seu compromisso. Levar Lili para conhecer seu futuro marido.

Ele perguntou se eu não queria ir junto, mas eu recusei. Não queria fazer parte dessa bagunça generalizada, e também, senti que aquilo deveria ser tarefa de Beatrice. Me senti como uma intrusa, como se tivesse roubando pelo menos um pouco da sua vida.

Eu o observei se aproximar, enquanto ele tirava o relógio do pulso.

— Como foram as coisas lá?

Theo suspirou, parecendo perdido em pensamentos por um momento. Ele tirou a gravata e começou a desabotoar a camisa. Parecia que ele precisava de um momento para processar os acontecimentos do dia.

Eu podia ver seus olhos, ele se sentia culpado por isso.

Por isso meu comentário no carro o havia deixado em silêncio, ele ainda estava decidindo se era isso o que ele faria. No fim, a decisão era dele.

— Lili tem sorte. — foi o que ele disse — Ela e Damiano têm a mesma idade. Se eu a deixasse com meu tio, ele a venderia se fosse preciso. Quando eu sugeri esse casamento, ele fez um acordo comigo: deixava que eu decidisse sobre o casamento dela se eu desse Lasing pra ele ser o underboss lá.

— Uau! — murmurei — O irmão do seu pai é tão merda quanto ele.

E olhar para como Theo estava conduzindo isso, fazia com que eu me questionasse se ele não estava indo pelo mesmo caminho, se esforçando para parecer o pai dele.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora