cinquenta e um

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Ouvi uma movimentação vindo da porta

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Ouvi uma movimentação vindo da porta. Todos os meus sentidos se aguçaram, haviam se tornado meu novo mecanismo de defesa.

E agora que eu estava entediada jogada naquele sofá da sala, era mais fácil se distrair com qualquer barulhinho. As vozes me atraíram, eu me levantei com um pouco de dificuldade.

Eu não estava sozinha, óbvio. Theo não estava aqui, mas se certificou de me cercar de pessoas quais eu não conhecia, como uma cozinheira que já até havia ido embora. Martina. Embora eu tivesse insistido que poderia cozinhar a minha própria comida, e apenas não me deu ouvidos e agora eu tinha mais companhia do que eu desejava.

Eu me arrastei até a porta, e puxei a maçaneta. Um dos homens que Theo havia colocado na equipe exagerada de segurança, estava ali segurando uma arma, e quanto discutia com Marcella sobre ela não poder entrar.

Eu respirei profundamente, buscando por paciência. Isso estava começando a ficar chato, porque esse homem fazia isso toda vez que alguém aparecia.

Marcella ergueu o nariz pra ele, e estreitou os olhos.

— Você sabe quem eu sou? — ela perguntou. — O meu irmão é o seu capo, e paga o seu salário, querido.

— Eu sei quem você, senhorita Bianchi. Mas foi seu irmão quem me deu ordens direitas que só pode passar dessa porta se tiver uma autorização dele.

Eu pigarreei para sinalizar que estava ali.

Essa segurança reforçada de Theo era exagerada demais para o meu gosto. Como se ele estivesse controlando exatamente quem eu poderia ou não receber.

— Ela é minha advogada, eu a convidei para entrar. Ela tem a minha autorização.

O segurança pareceu considerar minha afirmação, mas continuou cauteloso.

— Preciso confirmar isso com o chefe.

Eu abri um sorriso, pegando meu próprio celular e decidi fazer eu mesma a ligação para o Theo. Aquele homem certamente não estava disposto a facilitar as coisas, e eu não estava afim de perder tempo.

Após algumas chamadas, Theo finalmente atendeu, e pude ouvir a seriedade em sua voz quando ele disse:

— Naomi, aconteceu alguma coisa?

Ele parecia assustado, como se estivesse esperando que o pior acontecesse.

— Sua irmã está aqui, e seu segurança não quer deixa-la entrar. Eu juro por Deus que se eu entrar num diálogo como esses outra vez, eu vou enlouquecer.

Theo suspirou pelo telefone, e sua voz era uma mistura de frustração e preocupação.

— Deixe-me falar com Adriano? — ele  pediu.— Eu vou resolver.

— Eu não sou nenhuma criança pra precisar da sua autorização para receber visitas, está me ouvindo? Isso precisa acabar, Theo.

Sem esperar a resposta dele, eu passei o celular para o guarda, que já estava mexendo com meus nervos.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora