trinta e oito

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Naomi estava ao outro lado da banheira, com sua cabeça apoiada na borda e os olhos fechados

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Naomi estava ao outro lado da banheira, com sua cabeça apoiada na borda e os olhos fechados.

Eu a observava, mas minha cabeça não estava exatamente nela.

Eu não queria matar Marcella de verdade. Eu estava com raiva, claro. Mas não poderia imaginar qualquer pessoa encostando um dedo na minha irmã. Nem mesmo eu.

Mas eu queria machucar Matteo por tocar nela. Mesmo sabendo que éramos inimigos.

E se ele estivesse usando ela pra sua última tacada nessa guerra?

Confesso que ele havia descido muito mais embaixo do que eu poderia prever.

Eu acabaria com a raça dele de vez.

Eu empurrei a água na direção de Naomi. A água se moveu suavemente, tocando nela e trazendo sua atenção de volta para o presente. Ela abriu os olhos e me olhou com uma expressão preocupada.

Ela sorriu suavemente, esticando a sua perna e seu pé encostou sobre meu peito.

— Mais calmo? — perguntou.

— Acho que sim, mas eu preciso falar com a Marcella. Ela só pode estar maluca.... Sempre demos liberdade a ela, ela não deveria ter me traído assim.

Olhando agora pra água cheia de espuma, eu acariciei o pé dela que estava apoiado em mim.

— Talvez seu erro esteja no fato de estar tornando isso sobre você, Theo.

— Se não é sobre mim, pode ser sobre o que?

Eu peguei um pouco de água morna, e joguei em sua panturrilha macia. Olhei para seu rosto, e ela manteve a expressão séria em mim.

Eu realmente gostaria de entender onde ela estava querendo chegar.

Eu achava que Matteo estava tentando um tipo de moeda de troca. Eu era casado com Beatrice, Beatrice era a irmã dele, então ele queria a minha irmã.

Qualquer caminho sempre me lavava a mesma situação.

Naomi deu de ombros.

— Você nunca vai saber se não perguntar a ela. — disse simplesmente.

— Eu não quero pergunta-la. Não sei se consigo encarar Marcella depois do que eu vi. Ela é minha irmã, droga.

Ela levou a mão ao lado da boca, em formato de concha, de maneira divertida.

— Alerta de spoiler, senhor Bianchi: irmãs também transam.

Eu ri, puxando a perna dela para apoiar seu tornozelo em meu ombro.

— Pra todos os efeitos, a minha irmã transa com o inimigo. Eu não sei se vou conseguir manter a calma se chegar perto dela. — respondi, mantendo meus olhos fixos na água.

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