treze

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Eu precisava me esforçar pelo meu trabalho, conseguir fazer dinheiro o suficiente pra pelo menos alugar uma casa

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Eu precisava me esforçar pelo meu trabalho, conseguir fazer dinheiro o suficiente pra pelo menos alugar uma casa. Desde que comecei a trabalhar na Laundry, notei que eles me davam boas gorjetas.

Marcella havia me ligado mais cedo pra dizer que finalmente conseguiu levar os papéis pra tentar o pedido pra que eu conseguisse ver a minha filha, agora ela só esperava o retorno de uma data. Mas que eu precisava resolver o problema da casa pra que ela pudesse dar o próximo passo.

Eu saí de casa, atrapalhada com o guarda-chuva, e as roupas que eu deveria levar para lavanderia. Não queria ser tão acomodada pra deixar os funcionários de Luca e Fallon lavarem as minhas roupas.

Eu poderia usar a lavanderia de acesso da Laundry, porque estava indo pra lá e não tinha tempo de ficar em casa lavando roupa. Precisava fazer dinheiro.

A chuva intensa dos últimos dias de verão parecia que não acabaria tão cedo, e se eu não saísse agora, eu não sairia nunca. Precisava andar alguns quilômetros até achar um ponto de ônibus, porque eu ainda estava escondendo de Fallon que eu estava trabalhando na Laundry, e o carro dela não podia ser visto lá.

Ela poderia facilmente descobrir o que eu estava fazendo.

Eu passei pelo portão do condomínio, me deparando com um carro estacionado há alguns metros. Era um veículo familiar, eu já havia o visto.

Ele piscou os faróis, e eu recuei, sentido meu coração bater mais forte com uma sensação ruim, mas não consegui desviar meus olhos até outro carro estacionar de repente na minha frente e o vidro abaixou algumas segundos depois.

Theo colocou a cabeça pra fora, me encarando da cabeça aos pés.

— Entra no carro. — exigiu, endireitando as mangas da sua camisa social com as abotoaduras.

Eu só encarei, decidindo se faria o que estava pedindo ou não. Tudo já parecia complicado demais, e agora ele ficava por aí atrás de mim, dificultando que eu mantivesse a promessa que fiz a minha melhor amiga sobre ficar afastada do cunhado dela.

Ele era casado, droga. Não deveria ser tão difícil, porque deveria ser algo a pesar na consciência me lembrando dos meus próprios princípios.

Mas como se meu cérebro não pudesse controlar meu próprio corpo, eu dei a volta e entrei no carro, fechando o guarda-chuva e joguei minha bolsa de roupa suja para trás.

Observei Theo prender elegantemente seu relógio caro no pulso, e em seguida ajeitar o colarinho, como se ele tivesse se arrumando dentro do carro.

— Aquele carro ali atrás, é de um dos seus homens? — perguntei, ainda olhando pro veículo estacionado lá.

Ele olhou discretamente no retrovisor central por alguns longos segundos, então voltou-se para agarrar o volante, e girou a chave na ignição dando partida.

Perfeita Distração - 3 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora