Vinte e cinco

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— Millie, da pra você me explicar o porquê do seu irmão estar no seu qua-

Minha mãe apareceu entrando no quarto de surpresa, assustando a mim e a ruiva.

— Sadie? Sadie Sink? — Mamãe fez uma expressão de nojo para a garota, mas não faço ideia do motivo.

Está certo que ela nao estava usando as melhores roupas, mas Sadie estava mais bonita do que nunca.

— O que você está fazendo aqui... na minha casa? — A mais velha perguntou com um sorriso muito mal fingido.

— Ah, eu voltei para a cidade e resolvi ver meus velhos amigos — Sadie se levantou da cama e olhou para mim.

— Vocês ainda são amigos? Mesmo depois de tudo aquilo? — Minha mãe parecia cada vez mais desconfortável com a ruiva ali.

Isso estava ficando estranho.

— Bom, não posso dizer que somos todos melhores amigos, mas eu considero muito os seus filhos e queria tentar acertar as coisas com eles.

A ruiva estava de costas para mim, mas eu podia sentir que ela falava tudo com um belo sorriso no rosto.

— Millie, você se lembra de como vocês ficaram com a partida da Sadie, não é, filha?

Ela falou entre os dentes e logo depois colocou um sorriso ainda mais forçado no rosto.

— Mãe, você quer falar alguma coisa? — Me levantei da cama também, ficando em pé do lado da ruiva.

— Não, nada. Só acho que é muito cedo para termos visitas — Minha mãe bufou e desmanchou seu sorriso de boneca.

— O que tá acontecendo? — Finn apareceu timido na porta, com medo de se meter na conversa.

— Nada, Finn. Sua amiguinha já está indo embora — Minha mãe falou colocando a mão nos cabelos curtos do meu irmão.

— O que? — Me coloquei na frente da de olhos azuis — É impressão minha ou você está mandando ela ir embora?

— Millie, tudo bem, eu já vou — Sink colocou a mão no meu ombro.

— Não, não e não — Me virei para a garota e depois para minha família — O que aconteceu, mãe?

— Não aconteceu nada, eu só acho que quando vocês quiserem visitas aqui em casa deveriam falar comigo e com seu pai. Não podemos deixar qualquer um entrar.

— Qualquer um? — Finn perguntou confuso.

— Qualquer um? — Comecei a aumentar meu tom de voz.

Se alguém tem direito de ter raiva da Sadie sou eu e ninguém mais.

  — Eu já disse que vou embora — Sadie tentou sair do quarto mas eu puxei sua mão, a derrubando sentada na cama atrás de mim.

— Você fica aí — Apontei meu dedo indicador no seu rosto — E você, da pra explicar o que tá' acontecendo?

— Millie, tira ela dessa casa agora — Minha mãe massageou suas têmporas e fechou os olhos — Não quero esse tipo de gente aqui dentro.

— Pra mim já deu — A ruiva saiu rapidamente do quarto, sem me dar tempo de protestar.

Ficamos os três em silêncio, até ouvirmos a porta de casa se fechar.

— O que deu em você? — Me sentei na cama, mais irritada que o normal com a minha mãe.

— O que deu em você pra achar que pode aumentar o tom de voz comigo? — Ela entrou de vez no quarto e ameaçou fechar a porta, mas meu irmão entrou antes disso.

Que a Igreja pegue fogo {SILLIE}Onde histórias criam vida. Descubra agora