— Acorda, Millie — Levanto da cama em um pulo quando escuto minha mãe bater incessantemente em minha porta.
Tateio ao meu redor em uma rápida procura pelo meu celular, quando o acho acendo a tela e vejo que não eram nem sete da manhã.
— Mãe, hoje é sábado — Vou andando até a porta com os olhos meio fechados — Por que me acordou tão cedo?
— Não interessa que horas são — Abro a porta — Temos visitas.
— Que? — ergo as sobrancelhas ainda com os olhos fechados.
— Vá se trocar.
Fico parada encostada no batente da porta quando minha mãe sai, estava esperando um minuto para conseguir assimilar todas as palavras e colocar algum sentido nelas.
Sento em minha cama e limpo a baba no canto da boca com o dedo. Passo a mão nos olhos e me dou um tapinha na cara para despertar, mas o que realmente me despertou foi a garota ruiva da igreja na porta do quarto sorrindo para mim.
— Meu Deus, estou tendo um pesadelo — Digo para mim.
— Amém — Ela responde e entra.
— O que você...?
— Isso é jeito de receber visitas?
— Então você é a visita?
— Na verdade deveria ser apenas minha vó, mas eu resolvi vir junto para olhar sua carinha irritada outra vez.
— Você é insuportável, garota.
— Teve uma noite ruim? — Pergunta com uma falsa curiosidade.
— Tive, sonhei que tinha uma cebola empanada no meu quarto.
Fiquei em silêncio encarando a menina, até que ela começou a rir e eu a acompanhei como da última vez.
— De todos os apelidos que eu já tive na minha vida, esse foi o mais sem nexo de todos — Ela limpa uma lágrima falsa.
— Em momento algum eu afirmei que fosse você — Nos encaramos e rimos mais uma vez.
— Eu acho que a carapuça serviu — A ruiva me dá um sorriso simples.
— Desculpa, mas eu esqueci seu nome, pode me lembrar? — Pergunto finalmente saindo da cama em direção ao armário.
— É Sadie, Sadie Sink.
— Seu sobrenome eu me lembro, sua vó é chata pra cacete, com todo respeito.
— Quando se mora com ela eu até concordo, mas você só vê ela as vezes — Sink responde pegando meu celular em mãos.
— E você convive com ela todos os dias? — Pego uma roupa em meu armário.
— Sim, desde meus 9 anos tem sido só eu e ela.
— Quantos anos tem agora? — Escolho um vestido qualquer que sempre uso quando tem visitas em casa.
— Quinze, quase dezesseis. E você?
— Tenho quase quinze. Será que você poderia sair do quarto? Eu preciso me trocar.
— Ah, tudo bem, eu te encontro lá embaixo.
Quando ela sai, coloca em um piscar de olhos o vestido florido que deixava meus músculos de fora, pego meu celular vendo que ele estava bloqueado por tentativas de colocar a senha falhas, e finalmente desco para a sala, onde provavelmente todos estariam.
— Bom dia — Digo a todos que me respondem o mesmo — Bença senhora Sink — Aperto a mão da senhora de setenta anos.
— Já conhece minha neta?
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Que a Igreja pegue fogo {SILLIE}
RomansaMillie Bobby Brown está cansada de sua vida intensamente cansativa e tortuosa junto com seus pais e o irmão mais novo. Mesmo não estando na busca por algo melhor, ela acaba cruzando com uma garota que muda tudo. Sadie Sink é uma garota que faz s...